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Vídeos mostram resgates feitos por militares e helicóptero de MS nas cidades gaúchas

As forças de segurança sul-mato-grossenses que estão atuando nos resgates de salvamento no estado do Rio Grande do Sul, afetado por fortes chuvas ao longo dos últimos dias que deixaram várias cidades completamente alagadas, já protagonizaram momentos de emoção, alegria e bravura.

Somente o helicóptero esquilo, prefixo PT-FRN e que pertence à Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), resgatou 25 pessoas, entre essas estão crianças, idosos e portadores de necessidades especiais, além de um cãozinho caramelo.

O balanço dos trabalhos foi apresentado nesta segunda-feira (06) pela assessoria de imprensa da Polícia Militar. Conforme consta, o helicóptero também transportou 1.050 marmitas, 940 garrafas de água e 200 kg de medicamentos.

Houve uma situação em que a aeronave retirou seis integrantes de uma mesma família que estava ilhada, sendo que uma dessas pessoas tinha necessidades especiais. Foi usado um guincho para puxar os desabrigados para dentro do helicóptero.

O coronel Rosalino Gimenez Filho, coordenador-geral do Policiamento Aéreo (CGPA) e chefe da missão de ajuda humanitária ao RS, disse que o cenário encontrado foi semelhante ao de uma guerra, com muita destruição e pessoas desabrigadas.

“Agora o tempo já se firmou e já ressoou bastante trabalho de resgate de pessoas que estão ilhadas, levando mantimentos, água e medicamentos. Nesses primeiros dias tivemos muitos êxitos nos resgates de pessoas e na condução de serviço de assistência”, destacou.

Ainda conforme o relato, um dos grandes desafios no momento é encontrar local seguro para pousar a aeronave. “Em muitas vezes a aeronave não tem um local seguro para realizar o pouso, exigindo bastante da tripulação”.

Para o coronel, essa está sendo uma experiência gratificante, com muito aprendizado e de momentos de forte emoção. “Certamente nos prepara também para outras situações que porventura possa ocorrer” concluiu.

Bombeiros salvaram pessoas em São Leopoldo

Na última sexta-feira (3), o Corpo de Bombeiros de MS mobilizou uma equipe composta por nove militares, sendo um médico e oito especialistas em salvamento aquático e mergulho, para efetuar o resgate das vítimas das inundações em São Leopoldo (RS), no Vale do Rio dos Sinos.

Os militares foram divididos em três equipes denominadas “Pantanal 1”, “Pantanal 2” e “Pantanal 3”, cada uma composta por três bombeiros. A equipe continuará prestando apoio por um período de 10 dias. Veja o cenário da cidade no sábado (04), primeiro dia de trabalho da equipe, que usou um apito para encontrar vítimas.

O prefeito da cidade, Ary Vannazi, disse com a maioria da população teve casas inundadas, algumas com mais de 2 metros de água, afetando cerca de 180 mil pessoas.

O resgate está sendo realizado por uma coalizão de forças, incluindo o exército, bombeiros e voluntários, com mais de 10 mil pessoas já abrigadas em 35 locais.

O estado do Rio Grande do Sul enfrenta o quarto episódio de fortes chuvas e inundações em menos de um ano, um fenômeno que remonta há oito décadas atrás.

A região, caracterizada pelo encontro entre sistemas polares e tropicais, é suscetível a eventos climáticos extremos. Essa já é considerada a pior tragédia climática da história.

O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul explica que essa suscetibilidade é amplificada pela topografia da região, que inclui um solo mais raso e vazões de cheia maiores em comparação com outras áreas do Brasil, tornando-a propensa a inundações e deslizamentos.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a calamidade enfrentada no Rio Grande do Sul é resultado de múltiplos fatores, incluindo baixa pressão, correntes intensas de vento e chuvas, além de um corredor de umidade vindo da Amazônia.

A equipe de bombeiros militares está desempenhando um papel crucial na busca e resgate de vítimas em meio às condições adversas causadas pelas fortes chuvas. O estado do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em todo o território, reconhecendo a gravidade da situação e permitindo uma resposta mais ágil e eficaz às necessidades da população afetada.