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50 anos do Estádio Morenão: um gigante a espera de uma nova vida

Há quanto tempo o Estádio Morenão está em coma? O pouco sangue que circula em suas veias não é o suficiente para deixá-lo acordado e com toda a energia de um autêntico gigante, afinal, ainda é o maior estádio de futebol universitário latino-americano.

Como um paciente acamado, o Morenão segue lutando contra o tempo. Ignorado pela gestão pública, que apenas finge promover uma reforma completa e necessária, vai sendo corroído e deteriorado lentamente, recebendo poucas visitas anuais.

Neste domingo (07), o Estádio Morenão completa 50 anos de inauguração. Flamengo e Corinthians fizeram rolar a bola pela primeira vez naquele campo, cujo placar foi de 3 a 1 para os cariocas. De lá para cá todos os principais clubes do País tiveram, ao menos, uma atuação em seu gramado, inclusive a Seleção Brasileira e até mesmo extraterrestres.

Da vida ativa, passando pelos anos gloriosos da juventude ao sediar as memoráveis partidas de Operário e Comercial nas competições nacionais, até findar na decadência absurda da última década, quando foi interditado pelos órgãos públicos.

Hospitalizado e na área vermelha, o Morenão aguarda por um transplante de gestão. Há uma expectativa de que seja reformado por completo até 2022 e seja transformado numa arena multiuso. O valor estimado seria de 4,5 milhões de reais.

Reformas a parte, para que tenha uma nova vida, o Estádio Morenão também precisa que seus clubes de futebol evoluam. Comercial e Operário e também a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul devem assumir o papel de zelo e fazerem pulsar a energia que irá manter o gigante acordado.

O Morenão tem história e ainda não está morto. Vamos fazê-lo renascer mais uma vez para que nos próximos 50 anos possamos celebrar dentro dele com festa e muito futebol.

 

* Por Aluízio Borges, operariano e um apaixonado pelo futebol sul-mato-grossense.

Aluízio Borges é ex-deputado estadual de Mato Grosso do Sul, ex-vereador de Campo Grande, advogado e empresário.

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