Política

Vereador Salineiro insiste em paralisação de obras do corredor de ônibus

Mais de 850 pessoas responderam pesquisa sobre obras de recapeamento e corredor de ônibus na Rua Bahia e Avenida Coronel Antonino. Dentre os comerciantes e proprietários, 93% são contra estação de embarque no meio da pista e 84% não querem o corredor de ônibus do lado esquerdo, como está sendo feito, conforme divulgado pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG).

As obras, que também já começaram na Rua Brilhante e Avenida Bandeirantes, foram motivo de muita reclamação, quando a Prefeitura anunciou, em 2019. Também está prevista implantação de corredores na Cônsul Assaf Trad, Mato Grosso, Alegrete, 25 de Dezembro, Rui Barbosa e Costa e Silva.

O vereador André Salineiro, que sempre foi contra a obra da forma como foi planejada, insistiu na paralisação dos trabalhos, durante sessão na Câmara Municipal, na terça-feira, dia 7. “Melhorar o transporte e a mobilidade é importante sim, mas isso teria que ser feito sem matar o comércio dessas ruas. O município precisa desistir desse corredor e viabilizar melhorias nos pontos e terminais, colocar mais ônibus nas ruas, cobrando de maneira enérgica o Consórcio Guaicurus para que entregue um serviço digno ao cidadão e não essa vergonha que é hoje!”, argumenta Salineiro.

A pesquisa da ACICG revela ainda que 60% consideram que a obra trará prejuízos ao seu negócio, na Bahia e Coronel Antonino. Na Bandeirantes e Brilhante, onde a construção de estações está mais avançada, os comerciantes estão indignados, porque muitos nem podem entrar com carro em suas garagens, enquanto outros reclamam que os veículos invadem a calçada.

“Quando passa ambulância, os carros sobem aqui na frente. Quase todo dia tem acidente. Vai piorar com os ônibus passando no corredor”, reclama a comerciante Rose Azevedo, que tem uma loja de veículos do lado direito, em frente a uma estação, na Bandeirantes. Na Brilhante, um proprietário de posto de combustíveis conseguiu embargar, com ação na Justiça, a obra de estação de embarque que começou em frente ao seu estabelecimento.

“Há comerciantes que estão ali há mais de 30 anos, agora tem uma estação na frente da sua porta e vão vender como? Quando fizemos audiência, foi falado que não era intenção falir ninguém, mas isso já está acontecendo. As vias em outras cidades onde há corredores desse tipo deram certo porque são vias muito largas. Está um caos na Brilhante e Bandeirantes. Tem acidentes, faixa estreita. Vamos sacrificar centenas de comerciantes, enquanto o transporte público em si é péssimo em Campo Grande? ”, questiona o vereador.

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