Política

Vereador Claudinho Serra vai ter que usar tornozeleira eletrônica por mais seis meses

O vereador em fim de mandato Claudinho Serra (PSDB) vai permanecer por mais seis meses com a tornozeleira eletrônica. A decisão partiu do juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da Comarca de Sidrolândia, que acompanhou o parecer do Ministério Público Estadual (MPMS) prorrogando as medidas restritivas.

“Verificou-se, à primeira vista, que o cometimento dos crimes que violaram o caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios, aliado ao desvio de dinheiro público, face à não prestação ou não entrega dos produtos contratados, causou vultuoso dano ao erário, a resultar, necessariamente, em prejuízo de toda a sociedade”, cita a decisão.

A decisão ocorreu após a defesa entrar com pedido para retirada do tornozeleira. O advogado sustentou que o parlamentar está cumprindo as medidas cautelares de forma exímia, sem notícias de descumprimento, e que o prazo máximo à manutenção do monitoramento é de 180 dias, não subsistindo razão à medida.

Os promotores, no entanto, alegaram que não há qualquer fato novo que implique a substituição da medida e que Claudinho já teve vantagem ao conseguir a revogação da prisão. Para o MPMS, o monitoramento evita que a organização criminosa se encontre e atrapalhe o processo.

Serra assumiu como vereador em maio de 2023, como suplente, mas o mandato em definitivo aconteceu logo em seguida, quando Ademir Santana (PSDB) renunciou para se dedicar à campanha eleitoral do PSDB. Ele está afastado das atividades da Câmara Municipal de Campo Grande desde o mês de abril, quando foi preso.

Atualmente, está com uma licença-médica para não perder o cargo. Ele não concorreu para um novo mandato no pleito deste ano. O vereador foi apontado pela operação Tromper como chefe de um grande esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, quando atuou como secretário de Finanças.