Tutora de cachorra morta após banho em petshop pede regulamentação do transporte de animais
Tutora da buldogue inglês Prada, morta após o retorno de um banho em um petshop de Campo Grande no início do mês, a médica Anelise Amaral pediu a edição de normas que regulamentem o transporte de animais pelas empresas. Ela utilizou a Palavra Livre, na sessão desta terça-feira (28), a convite do vereador Prof. André Luís.
“Entregaram minha cachorra agonizando na portaria da minha casa. A causa da morte foi hipertermia grave, um aumento da temperatura corpórea do animal. Moramos em uma cidade quente, e o animal não tem glândulas sudoríferas. O mercado pet fatura milhões, representa 3% do PIB brasileiro. Precisamos da adequação do compartimento de carga desses animais, que tenham pelo menos ventilação adequada”, afirmou.
Ela conta que a cadela chegou sadia ao estabelecimento e, horas depois, foi a óbito. A filha de Anelise, Beatriz, usou uma rede social para falar sobre a tragédia que aconteceu com sua cachorrinha de estimação e acabou viralizando, atingindo mais de 7 milhões de usuários.
“Percebi a dimensão do que se tratava e pensei que poderia fazer algo para mudar essa realidade. Perder um ente da família mexe com todos. Vi muitos casos de pessoas que passaram pela mesma situação, mas não brigaram pela causa. Com um simples passo, podemos mudar a realidade de várias famílias”, seguiu.
O vereador Prof. André Luís garantiu que a Casa vai trabalhar na elaboração de uma lei que garanta segurança e bem-estar aos animais durante o transporte. “Hoje, alguns animais são verdadeiros membros da família, e o Direito protege esses animais. Não precisamos aceitar, mas temos que respeitar. E vamos trabalhar pelo bem-estar dos animais. Vamos trabalhar na construção dessa lei”, disse.