Política

Procurador-geral do MPE faz panorama da pandemia e pede celeridade na compra de vacinas

O Procurador-Geral de Justiça do MPE (Ministério Público Estadual), Alexandre Magno Benites de Lacerda, fez um panorama da pandemia do Coronavírus e cobrou celeridade na imunização da população durante a sessão desta quinta-feira (18). Para ele, apenas o aumento dos leitos de UTI não deve resolver a situação de calamidade em que se encontra a rede de saúde.

“Tentei acreditar que nossa luta pela ampliação de leitos de UTI seria a solução, e não é mais. Se dobrar UTI, ainda assim não vai dar conta. O legislativo deve cobrar, estimular e acelerar o processo de compra de vacina. Temos que imunizar nossa população. Enquanto isso, vamos agonizar. Enquanto não tivermos vacina, as coisas não vão melhorar. E, até ela chegar, vamos passar por momentos muito difíceis. Que vocês possam cobrar soluções, deixando para o gestor sua responsabilidade de decidir. O caminho único é vacina”, disse.

Ele falou na Tribuna a convite do presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Carlão, e alertou: Mato Grosso do Sul ainda não chegou ao pico da segunda onda.

“Agora, combatemos uma nova doença. A situação está gravíssima e não estamos no pico do problema. Vai piorar, e muito ainda. Já foi alertado o Governo Federal que temos 30 dias de insumos no país, com kit intubação. O oxigênio está oscilando no Brasil inteiro. As pessoas morrem não só da Covid, mas em decorrência dela. A contaminação está muito alta, e muitas pessoas estão morrendo em decorrência do tratamento”, apontou.

Em sua fala, o procurador lembrou ainda a atuação do MPE desde o início da pandemia: evitou sobrecarregar o Poder Judiciário, trabalhando de maneira propositiva em conjunto com os demais poderes.

“Em nenhum momento, desde março, eu apoiei e defendi o lockdown. Quando houve uma ação judicial, o MPE foi contrário, pois acreditava na possibilidade do equilíbrio, desde que fizéssemos medidas fundamentais. O MPE participou e ajudou, muito mais no aspecto construtivo, do que em demanda judicial”, finalizou.

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