Novo coronavírus é debatido na ALEMS
O novo coronavírus (Covid-19), doença surgida em dezembro do ano passado e que tem deixado o mundo em alerta, foi um dos assuntos discutidos em audiência pública, realizada na tarde desta quinta-feira (27) no Plenarinho Deputado Nelito Câmara, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).
A reunião, proposta pelo deputado Antônio Vaz (Republicanos), presidente da Comissão Permanente de Saúde, teve como objetivo central a apresentação, pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), de relatório do terceiro trimestre de 2019. O deputado Felipe Orro (PSDB), vice-presidente da Comissão, também participou da audiência.
De acordo com o secretário de Saúde, Geraldo Resende, Mato Grosso do Sul enviou ao Instituto Adolf Luther, em São Paulo, amostras de oito casos que podem ser catalogados como suspeitos. Desse total, três já foram descartados. “Esses casos foram diagnosticados como síndrome viral por Influenza A”, detalhou o titular da SES.
Ainda segundo Resende, a amostragem relativa ao paciente de Ponta Porã, continua em análise em São Paulo e o resultado deve se expedido em até 48 horas. “Mas, acredito que também será uma síndrome viral comum”, afirmou.
Para o secretário, Mato Grosso do Sul e o Brasil estão preparados para o enfrentamento da doença. “Temos o melhor sistema de saúde do mundo”, considera, referindo-se ao Sistema Único de Saúde (SUS). “As equipes do SUS estão preparadas, mostrando coesão jamais vista antes”, acrescentou.
O deputado Antônio Vaz reforçou a importância da prevenção, através de cuidados básicos. “É preciso lavar bem as mãos e ter os cuidados necessários com a higiene”, disse, ponderando que não é momento para desespero. “O Ministério da Saúde e a nossa Secretaria de Saúde estão fazendo um bom trabalho”, completou. O parlamentar adiantou que, na próxima semana, usará a tribuna, durante sessão ordinária, para discorrer sobre o assunto.
Contas: desembolso na Saúde cresceu 17,3%
O governo de Mato Grosso do Sul destinou R$ 567,044 milhões para pagamento de despesas na área da Saúde de setembro a dezembro do ano passado, conforme relatório apresentado pela coordenadora de Instrumentos de Planejamento e Gestão da SES, Vanessa Rosa Prado. O montante é 17,35% maior que os R$ 483,203 milhões, efetivamente pagos no quadrimestre anterior.
A apresentação ao Poder Legislativo de relatórios quadrimestrais relativos à Saúde atende à exigência da Lei Complementar 141/2012. Esse dispositivo também determina valores mínimos a serem aplicados na área.
No detalhamento do valor pago pelo Estado, Vanessa Prado informou que R$ 495,272 milhões são originados de recurso estadual, as chamadas Fontes 100 e 103. Da parcela restante, R$ 5,21 milhões são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 16,16 milhões, de Recurso Diretamente Arrecadado (Fonte 40) e R$ 49,854 milhões são concernentes ao recurso federal Fundo a Fundo (Fonte 48) e R$ 545,06 mil provenientes de convênios (Fonte 81).
O governo informou, ainda, que a maior parte dos desembolsos (40,3%) foi destinada a aplicações diretas, seguidas por despesas com pessoal (25,28%) e transferência aos municípios (25,08%). Os demais gastos, com participações menores, foram: transferências a instituições privadas sem fins lucrativos (6,92%), investimentos (2,4%), amortização da dívida (0,01%) e juros e encargos da dívida (0,01%).
Hospitais: em Três Lagoas, obra chega a 69% de execução
Entre outras ações, programas e projetos realizados pelo governo estadual em Saúde, foram apresentadas as situações das obras de hospitais em municípios do interior de Mato Grosso do Sul. No caso de Hospital Regional de Três Lagoas, a obra alcança 69,51% de execução. Serão 173 leitos numa área total de 15.687 metros quadrados.
Já no Regional de Dourados, foram executados, até o fim do ano passado, 9,42% da obra. O hospital, construído em área total de 10.706 metros quadrados, terá, depois da terceira etapa, 110 leitos, sendo 90 de enfermaria e 20 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), além de seis salas cirúrgicas.