Política

Levy Fidelix, fundador do PRTB, morre aos 69 anos

Morreu na noite desta sexta-feira (23) o fundador e presidente nacional do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Levy Fidelix. O político tinha 69 anos e morreu na cidade de São Paulo. O perfil do político no Twitter comunicou o falecimento. A causa da morte foi complicações da Covid-19.

 

Apresentador de televisão, professor universitário e publicitário, Fidelix concorreu à presidência da República nas eleições de 2014, 2010 e 1994. No ano passado, concorreu à prefeitura de São Paulo.

Antes de criar o PRTB, Fidelix participou da fundação do Partido Liberal (PL), em 1986, quando se lançou na carreira política e disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo. Depois, migrou para o Partido Trabalhista Renovador (PTR), quando também concorreu a um mandato de deputado federal, no início dos anos 1990.

Uma das bandeiras mais conhecidas de Fidelix como candidato foi a implantação do aerotrem como solução para desafogar o trânsito nas principais capitais brasileiras.

História

Filho de um comerciante da área de transporte no município de Mutum, Minas Gerais, Jarbas Fidelix, e da educadora Lecy Araújo, Levy Fidelix foi ainda jovem para a cidade do Rio de Janeiro, que na época ainda era a Capital Federal, onde cursou Comunicação Social, na Universidade Federal Fluminense (UFF). Mesmo não tendo completado nenhuma das graduações, acabou se tornando jornalista e publicitário.

Aos 24 anos de idade, fundou a Staff Publicidade, tendo também sido diretor de criação nas agências de publicidade Art&Som e Vogue Publicidade, trabalhou nos jornais Correio da Manhã e Última Hora, onde foi redator da Coluna Contato, sendo revisor no Diário Oficial da União.

Na área governamental, Levy Fidelix atuou como assessor de comunicação, elaborando o primeiro boletim nacional de agricultura, com o nome de Agricultura Urgente, onde lançou a primeira Campanha Ecológica nacional do Brasil a convite do Governo Federal, recebendo medalha presidencial. Foi um dos fundadores da revista empresarial Governo e Empresa e também da revista política O Poder. Por volta do ano de 1976 foi trabalhar  como chefe de comunicação da Estanave – Estaleiros da Amazônia, empresa vinculada a Petrobras.

Em 1982, fundou a revista Interface, que foi a primeira revista especializada em informática do Brasil. Em 1983, transferiu-se para São Paulo, onde durante dois anos foi o âncora do programa televisivo TV Informátika na Rede Bandeirantes e no SBT (entre 1984 e 1985), apresentando o primeiro programa nacional de informática, onde entrevistava especialistas da área e políticos, discutindo os impactos e necessidades que o desenvolvimento da informática traria para o país nos próximos anos.

Carreira politica

Em 1984, atendendo ao convite de Álvaro Valle, foi um dos fundadores do PL, disputando sua primeira eleição como candidato à Deputado Estadual por São Paulo, em 1986, recebendo apenas 735 votos. Transferiu-se depois para o PTR, onde disputou sua segunda eleição, agora como candidato a Deputado Federal. Recebeu novamente uma votação irrisória: 541 no total.

Nos anos de 1989 e 1990, foi um dos assessores de comunicação da campanha à Presidência da República de Fernando Collor de Mello.

Finalmente em 1992, fundou o PTRB, que antecedeu o atual PRTB, constituído em 1994, onde pela primeira vez tentou disputar uma eleição majoritária para Presidência da República, sem contudo poder registrar-se, devido à legislação eleitoral da época.

Em 1996 candidatou-se para prefeito da cidade de São Paulo, obtendo 3.608 votos (0,068% do total). Em 1998 disputou o cargo de Governador do Estado de São Paulo, conquistando 14.406 sufrágios.

Em 2000, postulou a Vice-Prefeitura da capital de SP, na chapa do ex-presidente Collor, que foi anulada na reta final da campanha. Em 2002 foi candidato ao governo do estado de São Paulo,[6] recebendo 8 654 votos, e em 2004 concorreu para Vereador na Capital e em 2006 para Deputado Federal pelo Estado de São Paulo. Em ambas, obteve 3 382 e 5 518 sufrágios, respectivamente.[carece de fontes]

Em 2008 foi candidato a prefeito de São Paulo e recebeu 5 518 votos (0,09% dos votos válidos) no primeiro turno e decidiu apoiar a candidata Marta Suplicy (PT). Em 2010, foi candidato a presidente da república pela primeira vez pelo PRTB. Porém, ficou em 7º lugar entre os 9 candidatos e recebeu 57 960 votos (0,06%). No segundo turno, Fidélix apoiou Dilma Rousseff. Em 2011 anunciou a sua candidatura para prefeito de São Paulo em 2012. Na sua 12ª candidatura a um cargo público escolheu o retorno do “janismo” como mote de sua campanha.

Nas eleições de 2014, Levy Fidélix novamente foi candidato à presidência e se apresentou como um candidato de direita com discurso conservador. Apesar de nunca ter sido eleito aos cargos que disputou (deputado, vereador, prefeito, governador e presidente), no primeiro turno das eleições Fidelix recebeu o voto de 446 878 pessoas em todo o Brasil, o que representa 0,43% do eleitorado brasileiro. O fundador do PRTB ficou em 7º lugar entre 11 candidatos, mas alcançou o melhor desempenho em uma eleição ao longo de sua carreira. No segundo turno, Fidélix apoiou Aécio Neves.

Nas eleições estaduais de 2018, apoiando Jair Bolsonaro para a Presidência da República, concorreu ao cargo de deputado federal pelo estado de São Paulo, obtendo 32 113 votos (0,15%), mas não conseguiu ser eleito. Esta foi a oitava eleição em que sofreu derrota. Ele chegou a ser pré-candidato à Presidência no mesmo ano, mas desistiu ao fechar um acordo: o general Hamilton Mourão, do seu partido, se tornou candidato à vice-presidente na chapa encabeçada por Bolsonaro, formando a coligação PSL-PRTB.

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