Governo atende apelo de parlamentares do PODEMOS e retira PLN 4 de pauta
Parlamentares do PODEMOS comemoram a retirada do PLN 4 da pauta de votação do Congresso. A matéria destinava cerca de R$ 20 bilhões para uso exclusivo do relator-geral do Orçamento.
Desde que foi anunciada pelo governo, em março, deputados e senadores do PODEMOS se opuseram à proposta e iniciaram um movimento para derrubá-la. Após dois meses de pressão, a retirada do projeto foi anunciada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na última quinta-feira (21).
Líder do PODEMOS na Câmara e primeiro parlamentar no país a defender junto ao Palácio do Planalto o arquivamento do PLN 4, o deputado federal Léo Moraes (RO) destaca como fundamental a participação da sociedade para evitar que o “acordão” fosse efetivado.
“Seria uma irresponsabilidade manter o PLN 4 diante da situação de pandemia que vive o país. Felizmente, esse tipo de farra com dinheiro público não é mais tolerada pelos brasileiros”, aponta o deputado.
Líder do PODEMOS no Senado e um dos principais críticos do PLN 4, Alvaro Dias (PR) recorda que, juntamente a um grupo de mais de 20 parlamentares, chegou a entregar um abaixo-assinado à presidência da República contra o projeto. No pedido, deputados e senadores defendiam que os R$ 20 bilhões do PLN 4 fossem destinados ao combate do coronavírus.
“Nós combatemos duramente e impedimos a votação desse projeto que seria a oficialização do toma lá, dá cá. Com a retirada, fez muito bem o presidente. E agora esse valor poderá ser aplicado corretamente na saúde. Sabemos que o SUS foi surpreendido por um vírus inusitado, e não podemos brincar com a vida das pessoas e banalizar a morte. Já perdemos mais de 20 mil pessoas para o coronavírus”, avalia Alvaro Dias.
O senador Styvenson Valentim (RN) avalia que o PLN 4 era “capciosamente perigoso”, antes mesmo da pandemia. Para o parlamentar, a saúde deve ser priorizada.
“A retirada silenciosa dele, não foi diferente da sua introdução sorrateira lá atrás. O momento agora é de concentrar todos esforços e recursos no combate a esse vírus”, defende o senador.