Escalonamento de horário ganha força e Comissão de Trânsito já aponta avanços
O escalonamento no horário de entrada dos estudantes de Campo Grande tem ganhado força e a Comissão Permanente de Transporte e Trânsito da Câmara Municipal, que iniciou os debates, já aponta alguns avanços. A expectativa é reduzir o número de passageiros no transporte coletivo nos horários de pico para conter o contágio da covid-19.
“O escalonamento na Rede Municipal de Ensino deve ser implantado a partir do dia 26 de julho, e a Rede Estadual deve seguir o mesmo caminho”, anunciou o vereador Coronel Alírio Villasanti, presidente da Comissão, que realizou mais uma reunião com diversos segmentos nesta quarta-feira (30).
A Câmara tem atuado e articulado, junto ao Executivo, propostas para diminuir a lotação nos ônibus, considerado um ponto de estrangulamento para o avanço da covid-19. Conforme Villasanti, as decisões estão sendo tomadas em conjunto para buscar alternativas inovadoras que contemplem todos os envolvidos.
“Hoje trazemos para essa realidade o setor produtivo, para ouvir quais os caminhos que poderemos implementar nesse escalonamento para que o fluxo de pessoas nos horários de pico seja reduzido”, explicou.
Segundo a diretora de Patrimônio da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Ana Rita Amarília, o comércio é favorável às mudanças nos horários, desde que o horário de funcionamento seja estendido.
“A CDL sempre defende a expansão dos horários, pois entende que os horários reduzidos ajudam a formar aglomeração. Todas vão no mesmo horário para fazerem suas atividades. Dentro do escalonamento, nosso entendimento é que é positivo, desde que não achate o horário do comércio. Isso é fundamental para o setor varejista”, defendeu.
Em março, a Casa encaminhou ofício à Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), com cópia ao Consórcio Guaicurus, cobrando o aumento da quantidade de ônibus circulando na Capital, principalmente nos horários de pico, por conta do aumento dos casos de coronavírus na cidade.
Segundo o diretor-presidente da Agência, Janine Bruno, muito já foi feito desde o início das reuniões. “O transporte coletivo precisa envolver todo mundo: educação, indústria e comercio. Já temos encontrado alguns avanços. A Semed, por exemplos, já escalonou os horários de entrada e saída, o que é importante para o transporte coletivo e também para o trânsito, pois os pais que levam os alunos também impactam menos no horário de pico do trânsito”, apontou.