Encontro com presidente do Uruguai foi “muito importante para MS”, avalia Eduardo Riedel
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), classificou como positivo o encontro inédito com o presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, ocorrido ontem (14), em Montevidéu (URU). Na oportunidade, debateram avanços que a América do Sul já experimenta e que podem ser ampliados, em especial a Hidrovia Paraguai-Paraná.
A opção é vista como potencial para operar o ano inteiro e ter a capacidade de transporte não só do minério extraído em Corumbá, mas também de outras commodities exportadas por Mato Grosso do Sul. “Foi um encontro muito importante para Mato Grosso do Sul”, destacou o governador.
Além das hidrovias, os modais de transporte existentes são o aeroviário (o mais caro de todos), rodoviário (segundo mais oneroso) e ferroviário, sendo assim o hidroviário o mais barato. Ao ampliar a capacidade da Hidrovia Paraguai-Paraná, a ideia é potencializar não apenas a estrutura de exportação sul-mato-grossense, mas de estados vizinhos.
Riedel discutiu outros assuntos com o presidente uruguaio, como infraestrutura. “Também abordamos a importância das iniciativas uruguaias que fortalecem o transporte pela Hidrovia Paraguai-Paraná, que é fundamental para o escoamento da produção de Mato Grosso do Sul, conectando nosso Estado com mercados globais”, completou.
A comitiva de autoridades de Mato Grosso do Sul está no Uruguai desde a terça-feira (13). Além do governador, também estão no grupo os secretários Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente e Desenvolvimento). Eles também estiveram reunidos com o embaixador uruguaio no Brasil, Guillermo Valles Galmés.
Minério pantaneiro
Dados do Governo do Estado apontam que apenas nos últimos três anos, o investimento realizado na mineração de Corumbá e Ladário soma R$ 5 bilhões. Toda a carga ali produzida sai pelo porto de Gregório Curvo, no rio Paraguai, em barcaças que seguem até o Uruguai, no rio da Prata, no porto de Nueva Palmira.
No porto, os minérios são colocados num navio maior para seguir ao mercado chinês ou Europa. Esse transporte acontece mensalmente, sendo a principal via de escoamento do minério de ferro e do manganês extraído na região corumbaense. Anualmente são 8 milhões de toneladas produzidas.