Em meio a polêmica, PSL anuncia deputado Loester Trutis como candidato a prefeito em Campo Grande
O PSL anunciou no domingo (13), após votação sigilosa na sede do partido, o nome do deputado federal Loester Trutis para concorrer ao cargo de prefeito de Campo Grande no pleito de logo mais. A oficialização candidatura revelou um grande racha interno na sigla, já que outra parcela dos filiados defendia a indicação do vereador Vinícius Siqueira para a disputa.
A candidata a vice-prefeita na chapa será publicitária e corretora de imóveis Lilian Durães. “Queremos pôr fim à essa velha política em Campo Grande e no Mato Grosso do Sul. Minha proposta de trabalho é simples: dar dignidade ao povo campo-grandense na saúde, na educação, na moradia, na infraestrutura, na segurança, em todas as áreas que precisam de atenção urgente!”, declarou Loester Trutis.
De acordo com o PSL, a escolha de Trutis foi unânime, no entanto, o grupo encabeçado por Siqueira questionou o resultado e deve levar o caso até a Justiça Eleitoral com a finalidade de suspender o resultado da convenção municipal.
Os problemas no partido – que ganhou expressão graças a candidatura do presidente Jair Bolsonaro em 2018 e que deixou a sigla posteriormente – são de longa data em Mato Grosso do Sul.
Anteriormente, o deputado estadual Coronel David tinha a pretensão de disputar a prefeitura de Campo Grande, mas perdeu o seu espaço na legenda e a deixou. Em seguia, o também deputado estadual Capitão Contar, então o mais eleito para o cargo em 2018, cogitou a disputa, mas também foi forçado a desistir.
Então apareceu o vereador Vinícius Siqueira, que largou o DEM no início deste ano para ser o candidato do PSL a prefeito. A indicação dele era dada como certa até o domingo, no dia da convenção municipal, quando foi surpreendido pelo deputado federal Loester Trutis, que assumiu a vaga de candidato.
Na convenção, ao discusar para os demais filiados, o parlamentar federal alegou pesquisas internas que apontavam pela preferência do seu nome diante da indicação de Siqueira. Ele também falou que seria o único no PSL com condições de ir ao segundo turno e ‘derrotar a velha política’.
Ao término da convenção, já com o resultado oficializado, Vinícius Siqueira disse à imprensa que as lideranças do PSL desrespeitaram o artigo 48, no qual diz que quem tem direito a voto em convenções são os membros titulares e que os suplentes apenas quando convocados para suprir a falta dos membros, do Diretório municipal ou da Comissão Provisória municipal, além de representantes do partido na Câmara Municipal.