Política

Deputados pedem transparência na gestão da Santa Casa e Rocha entrega moção

Diante de uma nova possibilidade de greve dos médicos da Santa Casa de Campo Grande, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) subiu à tribuna para questionar a Saúde Pública em Mato Grosso do Sul. Segundo apurou o deputado, os profissionais estão sem receber os salários e a instituição teria alegado que faltam repasses das três esferas: Governo Federal, Governo Estadual e Prefeitura de Campo Grande.

“Parece uma novela sem fim. Há 20 anos estamos vendo reclamações de faltam de repasses e os governos alegam que os recursos estão em dia, aí gera desconfiança quanto à gestão. Fica essa briga do mar com o rochedo e quem sofre é a conchinha, ou seja, o paciente, que fica sem cirurgia, sem atendimento. Se os médicos pararem como ficam as 150 cirurgias por dia que realizam em média por lá? Será mais espera, porém precisamos é de mais transparência”, pediu Pedro Kemp.

O deputado relembrou que em 2005 a Santa Casa já sofreu intervenção, quando estava com mais de R$ 38 milhões em dívidas e em 2013 fora devolvida para a Associação Beneficente de Campo Grande, mantenedora do hospital. “Agora é preciso pensar em uma solução emergencial, por exemplo, convênios com outros hospitais ou algo que evite a superlotação, para descentralizar a política de saúde voltada toda para um local só”, enfatizou Kemp.

Cabo Almi (PT) concordou e pediu mais transparência quanto à aplicação dos recursos. “Talvez possamos chamar uma audiência pública para que cada parte venha aqui apresentar para onde vai o dinheiro, de onde chega o dinheiro, como é investido, enfim, mais transparência nisso, porque eu tenho acompanhado o sofrimento do povo. Imagina o idoso que espera 15 dias no interior para conseguir transferência para uma cirurgia e não tem? Saúde deveria ser prioridade, o socorro ao ser humano, à vida”, sugeriu o deputado.

Já o deputado Professor Rinaldo (PSDB) disse que recebeu informações de que os entes públicos alegam que estão cumprindo com os repasses compactuados. “Inclusive, o Hospital do Trauma, que era um elefante branco, foi entregue e ainda sim faltam recursos, faltam cirurgias, falta tudo. Longe de julgamentos, mas é como se fosse um saco sem fundo? Nunca parece ser o suficiente. A prefeitura disse que tem até estudado a possibilidade de construir um hospital municipal em Campo Grande para desafogar a Santa Casa”, anunciou Rinaldo.

Rocha também subiu na tribuna para mostrar um outro lado 

Bom exemplo

Por outro lado, os deputados também puderam enfatizar boa iniciativa hospitalar em Três Lagoas. Eduardo Rocha (MDB) subiu à tribuna para anunciar a entrega de uma moção de congratulação ao Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, na cidade que faz divisa com o estado de São Paulo e atende, segundo ele, 11 municípios da região.

“É um hospital que nos orgulha. Uma gestão exemplar pelas irmãs [missionárias], que promovem um atendimento de excelente qualidade, sou prova viva disso quando fui internado lá após um acidente de carro, além do prêmio que eles receberam de Ouro de Qualidade, pelo CQH, em reconhecimento do bom trabalho, sendo único no Estado. Quero agradecer aos deputados que enviaram emendas parlamentares para lá, podem ter certeza que os recursos que estão sendo bem aplicados em prol da população”, salientou o deputado Eduardo Rocha.

Deputados entregam moção a representantes de hospital em Três Lagoas

O deputado Coronel David (PSL) disse que se soma aos elogios ao hospital de Três Lagoas. “A gente sabe o quanto manter um hospital é oneroso e precisamos de mais hospitais no interior, para que o paciente não precise se deslocar ou ainda usar a vaga de alguém daquela região”, ponderou. Herculano Borges (Solidariedade) concordou quanto às emendas. “Enviei parte das minhas emendas para lá e esse ano retornei uma visita e vi o hospital ampliando, isso nos motiva e também peço aos demais deputados por mais emendas coletivas à Saúde”, disse Herculano.

O deputado Felipe Orro também parabenizou a equipe do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora.  A honraria foi entregue aos representantes do hospital, após a sessão, na Sala da Presidência.

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