Deputados alertam para necessidade de combate a feminicídios em MS
Na manhã desta quarta-feira (23), o deputado Barbosinha comentou sobre o assassinato da detetive particular Zuleide Lourdes Teles da Rocha, 57, ocorrida sábado (19). Ela era moradora de Dourados e um dos suspeitos do crime é o marido dela, já preso pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. O deputado lamentou o crime, que apresenta indícios de ser mais um feminicídio, quando a mulher é assassinada por ser mulher.
Na oportunidade, o deputado também destacou o trabalho das forças de segurança do Estado. “A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul é diferente por que existe profunda integração entre as forças de segurança. Essa morte pode ser caracterizada como feminicídio e esse crime choca, mas quando tem resposta rápida como temos no Estado, isso desestimula o crime”, disse o parlamentar.
Mara Caseiro (PSDB), única deputada mulher da Casa de Leis, também lamentou o feminicídio e comentou os dados de 2019 e 2020 a respeito da violência contra as mulheres em Mato Grosso do Sul. “Esse crime nos aterroriza. Na última segunda-feira tivemos um caso de feminicídio, a mulher foi morta na frente de seus filhos. A tristeza é imensa. Precisamos combater o machismo, o preconceito. Precisamos mostrar que a mulher tem direito a fazer suas escolhas, tomar as suas decisões. Romper essa ideia de que a mulher não tem voz”, alertou a deputada.
A parlamentar destacou que entre 2019 e 2020 houve um aumento de 33% no número de feminicídios em Mato Grosso do Sul. Ao todo, 40 mulheres foram mortas no Estado em 2020. Dessas, 30 eram mães. Um total de 85 filhos e filhas ficaram órfãos e, desses, 38 ainda são crianças e adolescentes. Entre esses 38, 13 viram a mãe ser assassinada.
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