Deputado propõe campanha permanente de informação sobre a depressão
Considerada a doença do século, a depressão vem ao longo do tempo destruindo famílias, quem em muitos casos, o diagnóstico é demorado para ser descoberto, e uma pessoa do convívio familiar está sofrendo com esta enfermidade, e ninguém percebe. Para amenizar esta dor, o deputado estadual Marçal Filho apresentou Projeto de Lei na Assembleia Legislativa que institui no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul, a “Campanha Permanente de informação, prevenção e combate à Depressão”.
Para Marçal Filho ampliar o conhecimento da população a cerca desta doença é um passo importante para quando uma pessoa sentir que está acontecendo algo de errado se manifeste para familiares ou amigos sobre o problema. Estes “pedidos de socorro”, muitas vezes são sutis, mas se quem estiver sofrendo com esta tormenta estiver bem esclarecido do que está acontecendo, o pedido de socorro pode se antecipado e mais explícito, logo que, o preconceito é um dos grandes problemas enfrentados por quem sofre com a depressão.
A Campanha proposta no Projeto de Lei do deputado estadual Marçal Filho abrange também as pessoas que sofrem com transtorno de ansiedade, síndrome do pânico e doenças correlatas ao tema.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), órgão ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é um transtorno comum em todo o mundo: estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com ela. A condição é diferente das flutuações usuais de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma crítica condição de saúde. Ela pode causar à pessoa afetada um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano no mundo, sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.
No Brasil, 5,8% da população sofre com esse problema, que afeta um total de 11,5 milhões de brasileiros. Segundo dados da OMS, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que têm 5,9% de depressivos.
“Falar sobre as patologias psicológicas ainda é um tabu, as pessoas ainda resistem em procurar o diagnóstico correto e realizar os tratamentos necessários. Este Projeto tem como principal função quebrar este preconceito e informar sobre esta grave doença, que até o próximo ano será uma das doenças mais incapacitantes do mundo, por isso, a meta neste período é reduzir em 10% os casos de mortes por suicídio”, finalizou Marçal Filho.