Deputado Luiz Ovando segue clã Bolsonaro em movimento para destituir presidente do PSL
O deputado federal Luiz Ovando segue na cola do presidente da República Jair Bolsonaro. Na noite de quarta-feira (30), ele foi o único político sul-mato-grossense do PSL a assinar uma denúncia contra o presidente nacional deste mesmo partido, deputado Luciano Bivar, pedindo a sua saída do cargo e ainda solicitando o bloqueio de R$ 110 milhões referente ao fundo partidário deste ano.
Os outros dois integrantes da legenda no Estado que cumprem mandatos em Brasília, o deputado federal Loester Trutis e a senadora Soraya Thronicke, não participaram do movimento. Ao todo, 23 parlamentares e o próprio presidente Jair Bolsonaro assinaram a petição, que soma mais de 30 páginas e será entregue a Procuradoria Geral da República (PGR).
No pedido, o grupo solicita que o Ministério Público entre com uma ação civil pública para “apuração dos indícios de ilegalidade” para garantir a transparência e proteção do patrimônio público. A peça diz que o patrimônio do partido é composto quase que 100% por recursos do fundo partidário, que a prestação de contas não foi feita corretamente nos últimos cinco anos e que deve ser seguida a Lei de Improbidade Administrativa.
A família Bolsonaro quer o comando do partido de olho nas eleições municipais de 2020, que são fundamentais para o pleito seguinte, de 2022, que determinará a reeleição do presidente Jair. O partido deve ter candidatura própria em todas as capitais do país e nas principais cidades de cada estado.
Recentemente, o time de Bivar perdeu o cargo de líder do partido na Câmara Federal após uma disputa de quatro dias, com várias listas sendo apresentadas e inúmeras denúncias de irregularidades. O filho do presidente Jair, Eduardo Bolsonaro, acabou sendo conduzido ao posto, abrindo mão de pleitear o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
Em resposta ao movimento, Luciano Bivar instaurou um processo disciplinar no PSL para suspender 19 dos 53 deputados federais do partido. Na sequência, o clã Bolsonaro e seus aliados foram ao MPF para pedir a abertura de processo contra Bivar por suspeitas de enriquecimento ilícito dos dirigentes e danos ao erário.