Carnaval de Campo Grande é tema de debate na ALEMS
Nesta quinta-feira (27) ocorreu o primeiro dia de sessão plenária após o feriado de Carnaval. A festa popular gerou debates na tribuna. O deputado Herculano Borges (Solidariedade) foi o primeiro a usar a palavra para repercutir matérias na imprensa com relatos de “brigas, prejuízo para o comércio e adolescentes em coma alcoólico” em Campo Grande.
“Quero lamentar os estragos no Complexo Ferroviário. Desde o ano passado vários comerciantes reclamaram, se reuniram com o prefeito, solicitaram que transferissem para outro local. Esse ano a mesma coisa. Longe de querer ser ‘estraga prazeres’, com a festança de quem gosta, mas acredito que tem lugar para tudo, porque a liberdade de um começa quando acaba a do outro. Vimos muito lixo, relatos de estupro. Peço para que algo seja feito”, ressaltou Herculano.
Lucas de Lima, também do Solidariedade, concordou. “No início do mandato fiz indicação ao Governo e à Prefeitura, para construção de uma grande arena de Campo Grande, para esse eventos, com toda a segurança e infraestrutura para que possam se divertir”, alegou.
Coronel David (PSL) também falou. “É uma festa popular, mas vejo alguns excessos, também concordo que precisa de local adequado. Faço ainda a defesa dos policiais militares que cumpriram seu dever constitucional de proteger as pessoas. Ninguém estaria lá se não fosse para proteger as pessoas. Convoco o Poder Público a pensar aonde poderia ter agido em maior consonância com o povo, porque não deve acabar com a festa por causa de um ou outro que não vai lá para curtir e sim pela desordem”, considerou.
Em aparte Professor Rinaldo (PSDB) também defendeu o papel da Tropa de Choque. “Sabemos que é um direito que das pessoas, mas, lamentavelmente, tem aqueles que vão com o objetivo de bagunçar e faltar com o respeito às outras pessoas. O prefeito [Marquinhos Trad] tinha feito acordo de não ter folia na Rua 14 de Julho, mas teve pessoas passando embriagadas por lá urinando na frente do culto. Esse tipo de coisa que banaliza a festa. Os pastores ficaram indignados. É preciso que tenha lugar específico, porque ali na Ferroviária fica um perímetro muito grande. Respeito quem participa, mas temos que repudiar o comportamento lamentável”, ponderou.
Já Pedro Kemp (PT) defendeu a festa popular. “É tradicional no Brasil, faz parte da nossa cultura. Eu participei todo dia e sou testemunha de que ali no interior do Complexo Ferroviário não aconteceram fatos que os foram relatados pela imprensa, mas sim já próximo ao viaduto da Antônio Maria Coelho fora de onde foi a festa. Esse ano teve controle de entrada, com segurança, com revista, evitando entrada de armas brancas ou garrafas de vidro. Pela tarde vimos muitas crianças e famílias. A noite mais adultos. É difícil haver um controle absoluto com milhares de pessoas e consumo de bebida alcoólica. O que precisa fazer é ampliar a segurança pela Polícia. O Carnaval foi relativamente tranquilo, sem ocorrências mais graves e posso afirmar que no interior da esplanada, aonde os blocos se apresentam foi tranquilo. São raras as oportunidades de diversão gratuita ao público, tem que manter”.
Cabo Almi (PT) concordou. “É uma festa popular, tem geração de receitas e acredito que 99% das pessoas vão para se divertir, mas infelizmente tem essse 1% que é notícia. Quantos transitaram bêbados dirigindo e quantos foram de uber? Só noticiaram os q caíram no bafômetro. Não gostaríamos de ter ninguém assim, mas faz parte da cultura humana sempre ter alguém que erra e para isso a Polícia Militar está lá cumprindo seu papel, protegendo quem foi lá para se divertir e corrigindo os que insistem em fazer a coisa errada. Estes sim arcam com as consequências. É sempre assim, você que é pai sabe, fala para o filho não fumar ele vai lá e fuma, fala para não beber ele vai lá e bebe. É normal do ser humano”, finalizou o deputado que também subiu à tribuna para falar do Carnaval.