Barbosinha clama por indígenas de Dourados, que vivem sem água e saneamento
O deputado estadual Barbosinha (DEM) voltou a clamar pela população indígena de Dourados. Mais de 17 mil pessoas da reserva mais populosa do país vivem sem água e saneamento básico. O parlamentar cobrou uma posição do Ministério Público Federal para resolver a maior crise sanitária dos últimos anos nas aldeias Bororó e Jaguapiru.
Habitada pelas etnias Guarani, Guarani Kaiowá, Guarani Ñandeva e Terena, a reserva possui densidade populacional 5,3 vezes maior que a de Campo Grande. “Com 3,5 mil hectares, a reserva faz divisa com o anel viário, fica ao lado de plantações e condomínios de luxo, onde a água chega 24 horas por dia. Enquanto, na aldeia a água chega 4 horas da manhã e não enche uma caixa d’água. Os indígenas pegam água em açudes, junto com dejetos, para tomar banho e preparar a comida”, informou.
De acordo com Barbosinha, o sistema de abastecimento de água na aldeia foi implantado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na década de 90. Devido ao crescimento populacional, a distribuição de água foi subdimensionada, o que provocou insuficiência de água.
“Conclamo o governador Reinaldo Azambuja e o Ministério Público Federal a tomarem medidas urgentes, uma vez que a Sesai [Secretaria Especial de Saúde Indígena] não cumpre sua função de garantir a ampliação da rede de abastecimento e o fornecimento regular de água à reserva indígena”, afirmou.