Policial

Trio que matou pecuarista em condomínio de luxo na Capital tem a pena definida

O trio que matou uma pecuarista dentro de um condomínio de alto padrão em Campo Grande, em julho de 2022, foi condenado a prisão em regime fechado pela 5ª Vara Criminal de Campo Grande. O caso foi tratado como latrocínio, roubo seguido de morte.

Conforme a decisão final, a governanta da vítima, de 43 anos, recebeu a pena de 28 anos. Ela foi enquadrada por ser ter sido a mentora do crime. Já a filha dela, de 24 anos e que também trabalhava para a vítima, foi condenada a 24 anos.

O terceiro envolvido no crime e cunhado da governanta pegou a menor pena, de 20 anos, mesmo ele tendo assumido a responsabilidade pela morte asfixiada da vítima.

Os três já estavam presos desde o ano passado aguardando pelo julgamento do caso. Mãe e filha cumprirão a pena no Instituto Penal Feminino Irmã Zorzi, no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande. Já o cunhado não teve o local divulgado.

O crime

Na manhã do dia 28 de julho de 2022, o Corpo de Bombeiros foi chamado para socorrer a pecuarista que estava desfalecida em seu quarto, dentro de um condomínio de luxo e fechado localizado no bairro Vila Manoel da Costa Lima.

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) foi quem investigou o caso e, no primeiro momento, tratou as duas funcionárias como testemunhas.

No inicio do caso, as duas alegaram que tinham sido rendidas por dois homens no estacionamento de um mercado e levadas para o condomínio onde trabalhavam.

No imóvel da vítima, os bandidos amarraram as funcionárias e as deixaram dentro de um cômodo enquanto pediam dinheiro da pecuarista. A governanta chegou a dizer que foi forçada a levar os bandidos até o bairro Tiradentes.

No entanto, com o auxílio de câmeras de segurança do mercado, a investigação descobriu que as duas estavam mentindo. As cenas mostraram elas abrindo o carro para os suspeitos. 

Depois o cunhado ser preso, disse que a pecuarista foi morta porque não aceitou realizar uma transferência de R$ 50 mil via pix que depois seria dividida entre os três, sendo que a governanta ficaria com R$ 30 mil.

Ainda de acordo com a investigação, a funcionária mais velha chegou a levar o cachorro da vítima para um pet shop, garantindo assim que nada dificultaria o crime.

Em agosto do ano passado, o juiz Aluízio Pereira dos Santos considerou que a natureza do crime foi grave com uso de violência mediante à ameaça e brutalidade no crime.