Policial

Polícia pede prisão preventiva dos pais suspeitos de estupro e abandono de crianças

A Polícia Civil pediu a prisão preventiva dos pais suspeitos de estupro e abandono de 4 crianças no Jardim Tijuca, em Campo Grande. Algumas testemunhas já prestaram depoimento, entre elas um homem que teve acesso ao vídeo onde o pai praticava abuso sexual na criança de 7 anos, sendo que a mãe a segurava durante a filmagem. 

Nesta sexta-feira (17) outra jovem também conversou com a delegada Francielle Candotti, responsável pelas investigações.

No caso deste homem, partiu dele a denúncia ao Conselho Tutelar e é desta forma que o caso chegou ao conhecimento da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca). A investigação então teve acesso as imagens, intimou esta testemunha e esta deu detalhes do que sabia.

Além das diligências, o próximo passo foi ouvir uma jovem nesta sexta-feira (17). A testemunha iniciou a oitiva por volta das 8h (de MS) e conta que conhece o suspeito há muito tempo, inclusive, quando menor de idade, teria sido abusada por ele. Ela falou que a irmã dela também foi vítima de abusos, fato que se estenderia até os dias de hoje, ainda conforme a testemunha.

O homem possui histórico de violência doméstica e já respondeu por importunação sexual no ano de 2017, na cidade de origem deles, que é Corumbá, a 415 km da capital sul-mato-grossense. Lá ele também respondeu a um processo já sentenciado pelo qual está foragido.

Vítimas também conversaram com a polícia

De acordo com a delegada, as três crianças e o adolescente de 13 anos falaram sobre os abusos. Um deles consta em um vídeo feito por uma testemunha. “Contém cenas de estupro contra a filha mais nova. As crianças confirmaram todos os fatos”.

Conforme o Conselho Tutelar, na casa das vítimas, os irmãos de 3 a 13 anos “estavam em uma situação bastante deplorável”. “Elas estavam vivendo em uma sujeira danada. Sem alimentação nenhuma, uma bagunça. Uma situação de abandono mesmo”, fala Candotti.

Os pais das crianças vão responder, além do estupro, por ameaça e abandono intelectual. Elas eram intimidadas a não falarem sobre o que passavam e, desde o ano passado, não iam à escola. “O pai ameaçava para elas ficarem caladas, ficarem em silêncio com relação ao estupro”, contou na ocasião a delegada.

O celular do adolescente foi apreendido e, na análise inicial, não contém nada de ilícito. Porém, diante da possibilidade de ter apagado arquivos, o aparelho será encaminhado para perícia. Os irmãos estão em um abrigo.

*Por G1 MS

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