PF faz operação contra quadrilha especializada no tráfico de cocaína de MS para SP
A Polícia Federal (PF) faz nesta segunda-feira (9) uma operação contra uma quadrilha especializada no transporte de cocaína de Mato Grosso do Sul para São Paulo.
Mais de 70 policiais cumprem 13 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão nas cidades de Corumbá e Campo Grande, no estado do Mato Grosso do Sul, e Guarulhos, Presidente Prudente, Martinópolis, Regente Feijó e Bauru, no estado de São Paulo.
As investigações relevaram uma sofisticada rede logística e de lavagem de dinheiro, que incluiu carretas construídas especificamente para o transporte de drogas, além de uma estrutura de pagamentos de motoristas, auxiliares e fornecedores de entorpecentes.
A investigação que levou a desarticulação da quadrilha começou em 2019, após a apreensão de mais de meia tonelada de cocaína. Dois motoristas foram presos.
Os policiais identificaram que a movimentação financeira da quadrilha desde 2018 é de aproximadamente R$ 24 milhões.
Veículos sob medida
Entre outras informações, as investigações revelaram que a organização criminosa adquiria semirreboques e os reconstruía inserindo vãos nas longarinas, permitindo a ocultação de drogas em grandes quantidades dentro do novo espaço criado no interior dos “chassis” das carretas. As alterações eram tão profundas que exigiam a “remontagem” dos veículos, com uso de mão-de-obra especializada.
A operação também identificou, no estado de São Paulo, o principal financiador das operações ilícitas do grupo, ou seja, além de descapitalizar a organização criminosa, a Polícia Federal realiza a prisão de suas lideranças, desarticulando por completo o esquema criminoso.
Nome da operação
Aversa é uma localidade italiana conhecida pela produção de um tipo específico de queijo, cujo nome é o mesmo da alcunha de um dos principais investigados na operação. Os presos serão conduzidos à Delegacia da Polícia Federal de Corumbá e, após os procedimentos legais, encaminhados ao presídio local, onde permanecerão à disposição da Justiça.
*Por G1 MS