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PCC promove massacre em presídio do Paraguai e mata 10 detentos

A ‘terra sem lei’ da fronteira entre Brasil e Paraguai voltou a tomar conta do noticiário internacional nesta segunda-feira (17), desta vez, um conflito entre duas facções rivais que disputam o controle da área provocou um verdadeiro massacre, com 10 pessoas assassinadas de forma cruel. A violência assustou aos moradores de Paranhos, cidade vizinha de San Pedro, no Paraguai, onde está radicada a penitenciária, palco do conflito.

Conforme as informações, a briga foi entre integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), brasileiros, contra a facção paraguaia identificada como Rotela. Dos mortos no conflito, cinco foram decapitados e três tiveram os corpos carbonizados, supostamente ainda vivos. A confusão já era esperada, pois a tensão na penitenciária estava intensa nos últimos dias, com ameaças entre as quadrilhas.

Na última sexta-feira (14), na Penitenciária de Tacumbu, em Assunção, capital do Paraguai, uma outra rebelião provocada pelo PCC terminou na morte de dois presos e deixaram um ferido, os três seriam integrantes da Rotela. Com isso, o líder do clã paraguaio, identificado como Armando Rotela, conhecido como ‘Rei do Crack’, teria planejado o ataque de domingo (16), que começou por volta das 13 horas e se estendeu até a noite. Ao todo, 14 pessoas ficaram feridas, todos cidadãos paraguaios.

Os mortes foram identificados como sendo Cristian Domínguez, Derlis Silva, Roberto Presentado, Pedro Duarte, Roque Ariel Lugo, Roberto Morales, Víctor Olmedo, José Osorio, Derlis Sánchez y Bruno Cuttier.

A região onde está a penitenciária concentra uma grande área de plantação de maconha no Paraguai. A cúpula da segurança paraguaia informou que dará início ao processo de deportação de todos os brasileiros em penitenciárias do país. Os responsáveis pelos dois presídios serão demitidos. Informações dizem que não houve reforço na segurança na cidade de San Pedro.

A facção Rotela, ou Clã Rotela, como é chamado no país vizinho, é a maior facção criminosa em atividade no Paraguai, formado basicamente por nativos que querem reestabelecer o controle do tráfico de drogas, que foi tomado pelo PCC. O grupo atua principalmente na venda de entorpecentes em bairros pobres das grandes cidades vizinhas, mas vem aumentando o poder de penetração nas penitenciárias, principalmente pela colaboração de agentes penitenciários e policiais corruptos, que repassam armas e informações sobre o PCC.

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