Policial

Operação da PF contra o tráfico de drogas cumpre 189 mandados judiciais

Está sendo deflagrada nesta terça-feira (18) a Operação ‘Além-Mar’, da Polícia Federal, que visa desarticular uma quadrilha relacionada ao tráfico de drogas internacional. Conforme as informações, são cumpridos 189 mandados de busca e apreensão e de prisão em 12 estados, entre eles Mato Grosso do Sul, e também no Distrito Federal. Ação deve realizar ainda o sequestro de bens, como imóveis, veículos e até aeronaves.

Dos mandados, 139 são de busca e apreensão e 50 de prisão nos estados de AL, BA, CE, GO, MS, PA, PB, PE, PR, RN, SC, SP, além do Distrito Federal. Em MS, são 11 de busca e apreensão e 3 de prisão. O nome das cidades onde estão sendo executados os mandados não foi divulgado pela PF. Participam da ação aproximadamente 630 policiais federais.

Foi determinado, ainda, pela Justiça Federal de Pernambuco, o sequestro de aviões (7), helicópteros (5), caminhões (42) e imóveis (35) urbanos e rurais (fazendas) ligados aos investigados e ao esquema criminoso, além do bloqueio judicial do valor de R$100 milhões.

Justiça determinou sequestro de helicópteros dentro de megaoperação da PF contra tráfico de drogas — Foto: Polícia Federal/Divulgação
Justiça determinou sequestro de helicópteros dentro de megaoperação da PF contra tráfico de drogas — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Os policiais investigam o crime de lavagem de dinheiro, além de buscarem provas para confirmar o envio de drogas para o exterior e o uso de helicópteros para o transporte de cocaína pelo Brasil. Segundo a PF, toneladas de cocaína foram exportadas para a Europa pelos portos brasileiros, especialmente no Porto de Natal no Rio Grande do Norte. Entre março e julho, foram apreendidos mais de 1,5 tonelada de cocaína.

Ao menos quatro organizações criminosas atuavam conjuntamente para exportar cocaína. Três destas atuavam em São Paulo, sendo duas na capital paulista e uma em Campinas, no interior do estado. Um dos núcleos na cidade de SP operava no Brás e servia como banco, era responsável pelas movimentações financeiras.

A quarta organização operava no Recife, e era composta por empresários do setor de transporte de cargas, funcionários e motoristas de caminhão cooptados. O núcleo era responsável pela logística de transporte rodoviário da droga e o armazenamento de carga até o momento de sua ocultação nos contêineres.