Morre a jovem que foi vítima de uma emboscada do seu ex-namorado na Capital

Foi confirmada na tarde desta terça-feira (02) a morte da jovem de 22 anos que foi vítima de um atentado protagonizado pelo seu ex-namorado, de 25 anos, em crime ocorrido no último domingo (30), em Campo Grande. Ela estava internada no CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Santa Casa e teve morte cerebral.

Também nesta terça-feira, o pai do assassino foi solto após passar por audiência de custódia. Ele ajudou a esconder o filho da prisão em flagrante e também foi encontrado na posse de uma arma de fogo modificada.

Já o rapaz teve a prisão preventiva decretada e será encaminhado para um presídio. Agora, vai responder por feminicídio, além de homicídio qualificado pelo motivo fútil, emboscada e impossibilidade de defesa da vítima.

O caso

O crime aconteceu na madrugada de domingo, no bairro Jardim Colíbri, logo após a vítima deixar o local de trabalho, uma pizzaria situada no bairro Guanandi, aproveitando a carona de um amigo de 24 anos que trabalhava como motoentregador no local.

Segundo os familiares, a jovem vinha sendo ameaçada pelo ex-namorado e por isso evitava andar sozinha. Ela tinha começado a trabalhar naquele local há apenas uma semana e aquela seria a quinta vez que recebia a carona do colega.

Naquela madrugada, os dois acabaram surpreendidos logo que chegaram na casa dela, no Jardim Colibri. O ex-namorado estava aguardando na esquina e, de pronto, passou a atirar contra eles.

O motoentregador foi atingido no tórax e chegou a ser socorrido pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu e morreu ainda no local.

Já a jovem foi atingida por dois tiros, um deles na cabeça e outro nas costas. Ela conseguiu ser socorrida com vida pelo SAMU e levada para a Santa Casa, onde passou por cirurgia, mas não resistiu e morreu dois dias depois.

O ex-namorado tentou tirar a própria vida logo depois do crime, efetuando dois tiros contra si, mas não conseguiu e fugiu usando a sua motocicleta.

Ele ligou para a mãe da jovem e contou que tinha atirado contra a filha dela e que gostaria de saber como ela estava, após ter sido atingida pelo disparo da arma de fogo.

Depois, ligou para a sua mãe e contou o que tinha feito, sendo orientado a retornar para casa. Com a ajuda do seu pai, que reside em uma chácara, ficou escondido em um matagal.

A polícia esteve na chácara para tentar encontrar o assassino. A arma usada no duplo assassinato foi jogada dentro de um chiqueiro. Somente após uma conversa com outros familiares, a polícia descobriu que os pais estavam escondendo o filho.

Após ver que o cerco estava se fechando, o pai pediu ajuda para a sua irmã e o rapaz se escondeu na casa dela, com auxilio de um primo. Durante o dia de domingo, conseguiram um advogado que organizou a entrega às autoridades.

Em sua versão, o sujeito confessou a autoria e disse que teve uma crise de ciúmes ao ver sua ex-namorada beijando o motoentregador. Ainda segundo a investigação, os pais, a tia e o primo podem responder por ter ajudado a escondê-lo.