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Justiça converte em preventiva prisão de acadêmico de medicina que matou corredora

A Justiça determinou a conversão da prisão em flagrante para preventiva do acadêmico de medicina responsável pelo acidente que resultou na morte de Danielle Correa de Oliveira, de 41 anos. O caso ocorreu no último sábado (15), na rodovia MS-010, em Campo Grande. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada na manhã deste domingo (16), no Fórum da cidade.

O estudante entrou na sala de audiência chorando e aos soluços, acompanhado do advogado Leandro José de Arruda Flávio. O jovem optou por permanecer em silêncio diante do juiz Aluizio Pereira dos Santos. O defensor solicitou a substituição da prisão por domiciliar, com monitoramento eletrônico, alegando que seu cliente estaria sendo alvo de ameaças de morte. No entanto, o pedido foi negado.

Na decisão, o magistrado justificou a manutenção da prisão pela gravidade do crime, ressaltando que o condutor dirigia sob efeito de álcool no momento do atropelamento. O acusado permaneceu em silêncio ao ouvir a determinação e deixou a audiência algemado.

O caso

Danielle Correa de Oliveira treinava para uma maratona ao lado de um grupo de corredores quando foi atingida por um Fiat Pulse branco. O veículo trafegava de maneira irregular, fazendo zigue-zague pela rodovia.

Após o acidente, o condutor foi contido e apresentava sinais evidentes de embriaguez. Ele se recusou a realizar o teste do bafômetro. Dentro do carro, foram encontradas latas e garrafas de cerveja. Além disso, ele portava uma pulseira de uma casa noturna localizada na Avenida Afonso Pena, o que sugere que esteve no local momentos antes do ocorrido.

Protesto por justiça

Na manhã desta segunda-feira (17), familiares, amigos e integrantes de grupos de corrida realizaram um ato em frente ao Fórum Heitor Medeiros, no Centro de Campo Grande. Com cartazes e palavras de ordem, os manifestantes pediram a manutenção da prisão do acusado e clamaram por justiça.

Gritando o lema “ser valente”, uma frase frequentemente usada por Danielle, o grupo reforçou a dor da perda e a necessidade de punição para o responsável pelo acidente.