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Investigadas por dar o golpe do ‘Boa noite, Cinderela’, mãe e filha são presas com droga

A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) prendeu duas mulheres, que são mãe e filha, por aplicarem o tradicional golpe do ‘boa noite, Cinderela’ em Campo Grande. Elas dopavam as vítimas, sempre homens, e subtraiam as senhas das contas bancárias para realizar transferências via PIX.

As autoridades chegaram até as duas na última quinta-feira (08), durante a 2ª fase da operação que investiga a modalidade de crime praticado por elas. As mulheres foram localizadas em uma casa alugada no Bairro Jardim Monumento, onde estavam escondidas desde 27 de julho, quando foram alvos da primeira fase da investida.

Contra as duas haviam mandados de prisão em aberto, que foram devidamente cumpridos. Conforme as autoridades, elas já tinham sido denunciadas pelo Ministério Público Estadual (MPMS) e são rés por integrarem associação criminosa que assediava vítimas e as dopavam com bebidas “batizadas” para, em seguida, serem roubadas.

Com as vítimas incapacitadas e sem vontade própria, as mulheres obtinham as senhas de suas contas bancárias e realizavam transferências dos aplicativos e compras. Além disso, alguns dos homens foram atraídos para suas casas, de onde também foram subtraídos diversos bens como ares-condicionados, televisões, roupas e joias.

Até o momento, foram confirmadas três vítimas, sendo que uma delas teve prejuízo estimado em R$ 25 mil. Após a identificação dos integrantes da associação criminosa, a DERF representou ao Poder Judiciário pela decretação das prisões preventivas, o que foi deferido integralmente pelo Juiz da 5º Vara Criminal da Capital.

Com os mandados de prisão em mãos, equipes saíram em buscas dos suspeitos, sendo presos R.O.R e L.D.S.Q, os quais já respondem criminalmente por crimes de roubo majorado, receptação e outros. Com relação às mulheres, durante a 1ª fase da operação não foram encontradas, consideradas foragidas até ontem, quando foram presas.

Drogas com selo do golfinho

A DERF detalhou também que a casa em que mãe e filha ocupavam funcionava uma espécie de “laboratório” para armazenamento, manipulação e transformação de cocaína.

No momento da prisão, elas foram flagradas armazenando um tablete e quatro porções, pesando ao todo 2,464 kg de cocaína pura, e três porções (1.702 kg) de amido de milho utilizado para transformação de cocaína em quantidades maiores para distribuição.

Ainda foram apreendidos uma prensa para moldar tabletes de cocaína, formas de moldagem de alto-relevo com a imagem de um golfinho para identificação da qualidade da droga, duas balanças de precisão, peneira e bobinas adesivas.

Diante dos fatos, as duas mulheres foram presas por tráfico de drogas na modalidade armazenar, e por guardar maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à preparação, produção ou transformação de drogas.