Policial

Índices de roubos e furtos em MS continuam em queda

Os índices de criminalidade em Mato Grosso do Sul, como roubos e furtos, continuam em queda durante o período de isolamento social por conta da pandemia do coronavírus. As medidas rigorosas de combate ao novo vírus adotadas pelo Governo do Estado, a partir de 9 de março, e a pronta ação policial, tem sido determinantes para redução dos crimes, tanto na Capital como no interior.

Levantamentos apresentados pela Superintendência de Inteligência de Segurança Pública (SISP) e pela Coordenadoria de Fiscalização e Controle, da Sejusp (secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública), apontam que o número de furtos no Estado caiu 28,37%, entre março e junho, e no mesmo período, houve queda de roubos em 41, 24%. A violência doméstica também teve acentuada redução – 16,19%.

Para o governador Reinaldo Azambuja, a estatística demonstra a eficiência das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus, adotadas pelo Estado com a adesão dos municípios, e a atuação exemplar das forças policiais na defesa da sociedade. “Temos uma das melhores policias do Brasil e os resultados apresentados durante a pandemia falam por todos nós, onde alguns números são expressivos e nos dão segurança”, disse o governador.

Investimentos em segurança

Reinaldo Azambuja também citou a decisão do Estado de pedir ao governo federal, ainda no início da crise de saúde pública (março), o fechamento das fronteiras de Mato Grosso do Sul com os países vizinhos – Paraguai e Bolívia. “São ações que deram eficácia ao controle da pandemia e redução da criminalidade, amparadas pelos investimentos do governo em segurança, aplicando mais de R$ 130 milhões no aparelhamento policial em cinco anos”, disse.

Conforme os números divulgados pela Sejusp, o número de furtos no Estado caiu de 11.171 para 8.002, no comparativo entre 9 de março a 28 de junho de 2019 e o mesmo período de 2020. Os roubos tiveram uma redução, de 2.381 para 1.399, enquanto as ocorrências de violência doméstica, de 5.745 para 4.815, no mesmo período.

Os índices de homicídio doloso (intenção de matar) se mantiveram (-0,79%), enquanto em Campo Grande teve um aumento de 137%. A Capital apresentou queda nas ocorrências de furtos (-26%) e roubos (-30,69%), enquanto no interior o comparativo em relação ao mesmo período de 2019 foi de, respectivamente, -30,12% e -49,95%. A violência doméstica também teve queda: -16,85%, em Campo Grande, e -15,84%, no interior.

Já as infrações às medidas sanitárias preventivas adotadas pelo Estado e Municípios, como não cumprimento do toque de recolher e proibição de eventos com aglomeração de pessoas, tiveram um saldo de 47.200%, entre março e junho deste ano. A maioria das ocorrências foram registradas no interior do Estado – 44.200% -, enquanto na Capital, 100%.

Ação policial mais integrada

Para o titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Campo Grande, delegado Reginaldo Salomão, a redução nos crimes de furto e roubo, incluindo latrocínio, já vinha apresentando redução nos indicadores desde 2018, e no período em que se instalou a pandemia em razão do Covid-19, os números se mostraram ainda mais acentuados, registrando queda expressiva.

Ações de prevenção e repressão das forças policiais

Ao comentar os índices apresentados, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira, ressaltou que a redução de crimes como roubos e furtos está diretamente relacionada às ações de prevenção e repressão das forças policiais, associadas às medidas de isolamento social. Disse que, ocupadas permanentemente, as residências passaram a ter um maior potencial de fiscalização, inibindo a ação dos bandidos.

“Com as pessoas se resguardando em casa, as forças policiais puderam otimizar suas ações na prevenção e combate a outros crimes, atuando e se empenhando também no combate ao vírus”, disse o secretário. Ele citou ainda o foco no trabalho de inteligência, aumento do policiamento preventivo e ostensivo nas principais vias e, sobretudo, os investimentos do Governo do Estado na capacitação, integração e reaparelhamento da polícia.

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