Homem é condenado a 22 anos de prisão por matar professora a facadas
Edevaldo Costa Leite, de 32 anos, foi condenado a 22 anos de prisão nesta quarta-feira (21), por homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio. Ele confessou ter matado a professora Nádia Sol Neves, de 38 anos, com 36 facadas, no dia 10 de março de 2019, em Corumbá, a 415 quilômetros de Campo Grande. O crime foi no dia do aniversário dela, que deixou duas filhas.
O julgamento foi a júri popular, composto por 4 mulheres e 3 homens, no Fórum de Corumbá, iniciando no início da tarde e se prolongando até a noite. Durante o julgamento, o acusado respondeu apenas as perguntas do juiz. Ele também não quis responder os questionamentos do promotor que apresentou as provas da investigação.
A defesa de Edevaldo usou o depoimento do delegado da época, que disse não se lembrar de muitos detalhes e que não esteve no local do crime. Após a condenação, o advogado informou que vai conversar com a família para avaliar se recorrerá ou não da decisão.
O CRIME
O feminicídio aconteceu no dia do aniversário de Nádia, quando ela chegava em casa, no bairro Universitário, após ter comemorado a idade nova. Vizinhos contaram à polícia ter visto Edevaldo abordar a ex e ela tentar fechar o portão para que ele não entrasse. No entanto, ele conseguiu abraçá-la e a esfaqueou.
Após esfaquear Nádia, Edevaldo fugiu e deixou no local a arma suja de sangue, que foi apreendida. Vizinhos chamaram a polícia e o Corpo de Bombeiros e a mulher foi levada para a Santa Casa da cidade, levada para o centro cirúrgico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Durante o socorro, a professora chegou a dizer aos bombeiros que havia sido esfaqueada pelo ex. Ela teve lesões em diversos locais, sendo os mais profundos na região lombar e no tórax.
Edevaldo se entregou à polícia no dia seguinte e desde então segue preso. Ele contou aos policiais que tinha se separado de Nádia havia duas semanas e viu ela com outro na noite do crime.
*Por G1 MS