destaques direitaPolicial

Grupo se passava por ‘pessoas do bem’ para disfarçar esquema de tráfico de drogas

Uma operação foi desencadeada pela DEFRON (Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira) nessa terça-feira (12) nas cidades de Campo Grande e Dourados. A investida tinha como alvo uma quadrilha de narcotraficantes e empresários que agem na fronteira internacional com o Paraguai.

Batizada de ‘No Apagar das Luzes’, a operação cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão. Durante as buscas foram apreendidas armas de fogo de diversos calibres, munições e veículos de luxos.

O nome da operação faz alusão a um dos investigados que exercia especial protagonismo na organização criminosa, mantenedor de uma empresa de comercialização de materiais elétricos em Dourados, tais como luminárias, lâmpadas e demais acessórios.

Além da DEFRON, a investida contou com apoio da Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e do DOF (Departamento de Operações de Fronteira).

As investigações iniciaram em setembro do ano passado, quando policiais do DOF realizaram a apreensão de 459 kg de cocaína e 402 kg de maconha em um caminhão-baú no interior de um barracão na Rua Idelfonso Pedroso, Parque dos Jequitibás, em Dourados.

A DEFRON apurou o caso e descobriu que um grupo de empresários seriam os responsáveis por armazenar e transportar grande quantidade de drogas para diversos Estados do País, usando a cidade de Dourados como entreposto.

O grupo agia sempre da mesma forma, alugando barracões para armazenar entorpecentes. Para não chamar atenção, pagavam os aluguéis em dinheiro, e faziam a aquisição de caminhões-baús para o transporte da droga.

Os investigados sempre se apresentavam como “pessoas de bem”, com a atuação em diversos ramos empresariais para não levantarem suspeitas sobre a atividade ilícita que desenvolviam, tais como, padaria, mercado e comércio de materiais elétricos.

O nome dos alvos da operação e os endereços onde os mandados foram cumpridos não foram divulgados. A investigação continua agora para saber se há outras pessoas envolvidas no esquema.