GARRAS prende mais dois homens da organização que furtou R$ 1,5 milhão de banco
A Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (GARRAS) prendeu nessa quarta-feira (07) mais dois integrantes da organização criminosa que agia na modalidade de crime conhecida como ‘Cangaço Digital’, provocando desvios de dinheiro de contas bancárias sem que as vítimas tivessem o conhecimento.
Para a captura dos novos indivíduos, a delegacia desencadeou a terceira fase da operação “Bypass”, que tinha finalidade de cumprir quatro mandados de busca e apreensão e outros dois de prisão preventiva em Campo Grande. Ontem (06), a GARRAS esteve em São Paulo (SP) para cumprir outra ordem judicial, que culminou na prisão do líder da organização.
Os presos na nova investida foram identificados pelas iniciais de F.N.B., de 27 anos, e N.M.M. de 30 anos. A investigação pontuou que ambos agiam como intermediários para a consecução do crime, cooptando pessoas com atributos necessários para a prática do crime, bem como propiciando a comunicação com os chefes da organização.
Foram eles que conseguiram convencer os dois funcionários da instituição bancária que foi alvo da organização. Além disto, conforme a GARRAS, também teriam agido como financiadores e responsáveis por parte da lavagem do capital obtido pelo crime. A operação também apreendeu diversos bens voltados para lavagem de capital ilícito.
A primeira fase
Em coletiva de imprensa, o delegado Pedro Pillar Cunha, responsável pelo caso, detalhou que o crime foi descoberto após gerente do banco fazer 129 transferências bancárias entre os meses de agosto e setembro de 2023.
O banco acionou a delegacia, que esteve na agência e flagrou um dispositivo eletrônico no notebook usado por ele. No dia 11 de dezembro de 2023 foi deflagrada a primeira fase da operação, que culminou na prisão de dois funcionários da agência bancária, ambos de 30 anos, por furto de R$ 1,5 milhão da própria instituição financeira.
Na operação, foram apreendidos instrumentos usados no crime e outros objetos de provas. Os dois respondem por organização criminosa e furto qualificado mediante fraude com utilização de dispositivo eletrônico. O nome Bypass significa desvio de grande monta.
Líder do grupo morava em SP
Depois, as investigações apontaram que L.F.Z., de 29 anos, seria um dos cabeças da organização criminosa. A referida organização já teria praticado este tipo de delito, com lucros milionários, em outros estados, possuindo tentáculos em âmbito nacional.
Com isso, a autoridade policial representou pela prisão preventiva do suspeito, bem como buscas em suas residências, que foram deferidos pelo Poder Judiciário. Em posse dos mandados judiciais, o GARRAS se deslocou até São Paulo e cumpriu as ordens.
Somando as três fases da operação, a GARRAS já prendeu dois ex-gerentes do banco, três pessoas que agiam como intermediários e um dos chefes. As investigações continuam para identificar e prender outros possíveis envolvidos.
Todos respondem por furto qualificado mediante fraude com utilização de dispositivo informático, organização criminosa e lavagem de dinheiro.