Policial

Fotógrafo é indiciado em inquérito sobre relatos de mulheres nas redes sociais

A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava supostas denúncias de mulheres contra abusadores, em Campo Grande. Apenas uma fotógrafo, de 25 anos, foi indiciado por importunação sexual, conforme afirmou a delegada Anne Karine Trevisan, adjunta da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), nesta quarta-feira (17).

“O inquérito foi concluído no início desta semana e será encaminhado ao Ministério Público. Tivemos o relato da vítima, do abuso ocorrido durante um ensaio. Não houve conjunção carnal, já que os amigos chegaram para buscá-la pouco antes. Depois desta jovem de 19 anos, ninguém mais procurou a delegacia para fazer denúncias”, explicou a delegada.

Entenda o caso

No início deste mês, a polícia instaurou o inquérito para apurar os relatos, divulgados na redes sociais. O fato teve início quando uma estudante, de 19 anos, fez uma postagem usando a hashtag “exposedcg”. Em 48 horas, foram cerca de 300 postagens de mulheres. No entanto, somente cinco boletins de ocorrência foram registrados em unidades policiais.

Uma das postagens feita por suposta vítima de assédio em MS — Foto: Redes Sociais/Divulgação
Uma das postagens feita por suposta vítima de assédio em MS — Foto: Redes Sociais/Divulgação

Na Deam houve apenas um registro. Já na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca) outras duas supostas vítimas também compareceram para fazer o boletim de ocorrência. Ao contrário, dois homens que tiveram os nomes citados em postagens, também estiveram na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro para dizer que estavam sendo vítimas de difamação e injúria.

Ao contrário, quem estiver mentindo na internet, também pode responder civil e criminalmente, já que está cometendo um crime contra a honra de alguma pessoa. “Se a postagem for falsa, também podemos fazer uma investigação e a pessoa responder por denunciação caluniosa, então, é preciso muita cautela. É um crime com pena de 2 a 8 anos de prisão”, ressaltou na ocasião Trevisan.

A delegada Marília de Brito, titular da Depca, fala que constam dois registros na unidade policial. “Estamos prestando o devido atendimento e, se for da nossa atribuição, vamos apurar qual crime ficou caracterizado. O inquérito foi instaurado e, da mesma forma, oriento as pessoas a não usarem a rede social para fazer este tipo de exposição, mas, sim procurar a delegacia”, finalizou.

Uma das postagens feita por supostas vítimas de assédio em MS — Foto: Rede Social/Divulgação
Uma das postagens feita por supostas vítimas de assédio em MS — Foto: Rede Social/Divulgação

*Por G1 MS

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