Familiares de agentes acusados de facilitarem fuga de presos no Paraguai fazem protesto
Parentes de alguns dos agentes penitenciários acusados de facilitarem a fuga de 76 integrantes de uma facção criminosa brasileira de um presídio em Pedro Juan Caballero, cidade fronteiriça com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, protestaram na noite desta quinta-feira (23), contra uma possível transferência dos ex-funcionários e diretor da penitenciária para um outro local.
O Ministério Público paraguaio, no entanto, diz que ainda não tem nenhuma definição sobre isso. Até o momento da última atualização desta reportagem, 9 foragidos haviam sido recapturados. As investigações, tanto do lado paraguaio, quanto brasileiro, continuam para descobrir o paradeiro dos outros 67 e também sobre a suposta agressão de agentes a um dos fugitivos recapturados.
Foi ele quem disse que a saída dos principais chefes da facção foi realizada antes da fuga em massa pelo túnel, no último domingo. De acordo com o paraguaio Cristian Javier Benítez Vera, eles saíram pela porta da frente do presídio, com auxílio dos agentes.
Após apenas cinco dias da fuga em massa, o clima em Ponta Porã é de tranquilidade. “A princípio pensávamos que afetaria o cotidiano, mas graças a presença efetiva das forças policiais, a gente observou uma tranquilidade maior e ainda conseguimos diminuir o índice de violência na fronteira”, disse Marcelino Nunes de Oliveira, secretário de segurança pública do município.
Fuga
Segundo a polícia paraguaia, 76 integrantes de uma facção criminosa brasileira fugiram da penitenciária Regional de Pedro Jan Caballero, no Paraguai, que fica na fronteira com a cidade brasileira de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. A fuga foi descoberta no domingo (19) e teria ocorrido durante a madrugada.
O Ministério Público informou que vídeos de câmeras de segurança do presídio mostram uma movimentação intensa desde 4h do último domingo. Os 32 agentes penitenciários do presídio paraguaio, incluindo o diretor, foram presos por suspeita de terem facilitado a fuga dos detentos.
*Por G1 MS