Policial

Fahd Jamil deixa a prisão para realizar cirurgia cardíaca de emergência

Fahd Jamil Georges, o popular ‘Rei da Fronteira’, precisou passar por um procedimento cirúrgico de urgência. Aos 79 anos, ele tem problemas cardíacos e poderia sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O empresário cumpre a prisão preventiva desde o dia 19 de abril na sede da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), em Campo Grande.

De acordo com as informações, Fahd pediu autorização à Justiça para passar pelo procedimento. O aval foi concedido pelo juiz da 1 ª Vara Criminal de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho. A defesa do empresário já ingressou com o pedido de prisão domiciliar, mas ainda não foi julgado. Na argumentação, os advogados citam que Fahd é idoso, tem residência fixa e sofre de uma série de problemas de saúde.

Fahd Jamil e seu filho, Flávio Correia Jamil Georges, são acusados pelo Ministério Público Estadual (MPMS) de integrarem uma organização criminosa que atuava em Ponta Porã e tinha parceria com o grupo criminoso de Jamil Name e Jamil Name Filho, o Jamilzinho, em Campo Grande. A família era a dona do Jogo do Bicho, do extinto  título de capitalização Pantanal Cap e também já exploraram o comércio de maquinas caça-níqueis.

Além disto, Fahd Jamil responde pela morte do policial civil Anderson Celin Gonçalves da Silva e do servidor estadual Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o pistoleiro Betão, ocorrida em 21 de abril de 2016 em Bela Vista.

A denúncia aponta que os dois chefes dos supostos grupos criminosos, Jamil Name e Fahd Jamil eram compadres. Destaca que a ligação entre as organizações ficou bem clara logo após a quebra do sigilo bancário de Jamil Name durante outras fases da operação Omertà, quando se constatou que ele pessoalmente ou por meio de sua esposa, fez oito transferências bancárias entre maio de 2016 e junho de 2019 para o filho de Fahd, Flávio Correia Jamil Georges, no montante de R$ 130 mil.

Fahd Jamil é comparado pelos promotores do Ministério Público como um “padrinho da máfia representado nos filmes de gangster” e está sendo acusado de integrar organização criminosa armada, corrupção ativa e tráfico de armas de fogo. O filho, Flávio Correia Jamil Georges, foi denunciado pelos mesmos crimes e ainda por violação de sigilo funcional. Ele é acusado de ter obtido de policial federal, também denunciado neste processo, informações sigilosas para o grupo.

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