Policial

Com Covid-19, Jamil Name está intubado em Mossoró

Enquanto o compadre Fahd Jamil é transferido para a prisão domiciliar, o empresário Jamil Name vive uma situação oposta em Mossoró (RN), onde está preso no presídio federal desde outubro de 2019 acusado de chefiar uma milícia armada em Campo Grande sendo a responsável pela execução de várias pessoas.

De acordo com o advogado Tiago Bunning, que o representa, o réu está internado em um hospital daquele município em estado grave. Jamil foi diagnosticado com o novo coronavírus e precisou ser intubado na quarta-feira (02). Por conta da idade avançada, o empresário enfrenta problemas de saúde e precisa de acompanhamento médico constante.

Ao contrário de Fahd Jamil, que teve a prisão domiciliar concedida diante do pagamento de uma fiança milionária na ordem de R$ 990 mil, Jamil Name teve os pedidos de migração negados por todas as esferas da Justiça, restando agora apenas o Superior Tribunal de Justiça (STJ), caminho este que já está sendo providenciado pela defesa.

 

O caso

Jamil Name foi o principal alvo da operação Omertá, deflagrada em setembro de 2019. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e o Gaeco prenderam empresários, policiais e, na época, guardas municipais, investigados por execuções no estado.

A suspeita é que o grupo supostamente comandado por Jamil Name e o filho, Jamil Name Filho tenham executado pelo menos três pessoas na capital sul-mato-grossense, desde junho de 2018. Outras mortes também estão sendo investigadas.

A última morte atribuída ao grupo até o momento é do estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos. Ele foi atingido por tiros de fuzil no dia 9 de abril, quando manobrava o carro do pai, na frente de casa, para pegar o dele e buscar o irmão mais novo na escola.

Pouco mais de um mês depois, no dia 19 de maio de 2019, policiais do Garras e do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BpChoque) apreenderam um arsenal com um guarda municipal, em uma casa no Jardim Monte Libano. Foram apreendidos 18 fuzis de calibre 762 e 556, espingarda de calibre 12, carabina de calibre 22, além de 33 carregadores e quase 700 munições.

Segundo as investigações do Gaeco, esse arsenal pertencia ao grupo preso na operação Omertà. A força-tarefa investiga se as armas foram usadas em crimes de execução nos últimos meses.

*Com informações da TV Morena

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