Casal suspeito de chefiar ‘tribunal do crime’ e desovar corpo em córrego é preso em Campo Grande
Entre esta terça-feira (28) e a manhã desta quarta-feira (29), foram presos pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio (DEH) Josyel Aparecido Lemos da Silva, conhecido como “Corumbazinho”, de 24 anos, e a ex-mulher dele, Vanessa Leandro Pereira de Lima, de 23 anos. Ambos estão com prisão provisória por 30 dias decretada pela Justiça, a pedido da autoridade policial responsável pelo inquérito, Carlos Delano.
A investigação indica que Jhon Wellington foi vítima de uma espécie de vingança da parte de “Corumbazinho”, por ter se relacionado com Vanessa, ainda quando ela e o suspeito formavam um casal. O crânio de Jhon tinha uma marca de tiro quando foi encontrado.
Os indícios são de que a vítima foi submetida a um justiçamento, típico dos “tribunais do crime”, que são perpetrados por facções criminosas. O sumiço do rapaz foi informado à polícia em maio de 2020.
A atual namorada de “Corumbazinho” também foi presa por tráfico de drogas. Os presos passarão por audiência de custódia e estão à disposição do Poder Judiciário.
Fogo suspeito
“Corumbazinho” morou ao lado do terreno onde as ossadas foram localizadas. O lugar foi incendiado dias depois da descoberta dos restos mortais.
Na hora do cumprimento do mandado de prisão, ele também estava com uma quantidade de pasta base em seu poder e por isso foi enquadrado, em flagrante, no crime de tráfico de drogas.
Relembre
Duas ossadas humanas foram encontradas no mês de julho no terreno do Bairro Santo Eugênio. Foi usada até, uma tecnologia apelidada de “detector de cadáveres”, que na verdade é um equipamento usado para identificação da composição de solos e está sendo objeto de pesquisa científica pelo perito Cícero Wagner Calixto dos Santos.
“O cadáver libera substâncias e formam um necrochorume. Elas se infiltram no solo e formam alguns íons, que aumentam a salinidade do solo, que, por sua vez, aumenta a condutividade elétrica do solo. É essa condutividade que o equipamento consegue fazer a medição e precisar onde as ossadas podem estar”, explicou o perito à época.
Os restos mortais foram recolhidos pela polícia e encaminhados até o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), para a identificação.
Jhon foi identificado como um dos mortos porque tinha uma prótese óssea, de fêmur, cuja numeração permitiu a confirmação pericial.
A outra pessoa ainda não teve o nome descoberto ainda.
*Por G1 MS