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Santos Inocentes: crianças mortas no lugar de Jesus e livres do pecado

Considerados os primeiros mártires do cristianismo, os Santos Inocentes são padroeiros das crianças vítimas do descaso, aborto, violência e doenças.

O nome Santos Inocentes foi dado em homenagem para todas as crianças recém-nascidas na cidade de Belém no mesmo período de Jesus Cristo e que foram covardemente assassinadas pelos soldados do Rei Herodes.

Como cita o Evangelho Segundo Mateus, alguns dias depois do nacimento de Cristo, filho de José e Maria, em Belém, três Reis Magos vindos do Oriente Médio se apresentaram para a Sagrada Família.

Os Magos foram guiados pela Estrela de Davi até o local. Antes, porém, ao chegarem na cidade se encontraram com o Rei Herodes no palácio.

Os três perguntaram se Herodes sabia onde estava o menino, dizendo que ele seria o novo rei de Israel.

Herodes, no entanto, negou ter essa informação e, assustado com a revelação, pediu aos reis que, caso encontrassem o messias, lhe viessem contar pois também gostaria de ir adorá-lo.

Posteriormente, os três Reis Magos acharam a localização de Jesus Cristo e entregaram os seus presentes especiais: mirra, incenso e ouro. Também se curvaram e adoraram-no, o chamando de Rei.

Em seguida, tendo recebido aviso em sonhos para não retornarem a Herodes, os três reis Magos deixaram a cidade às escondidas por outro caminho.

Um anjo do Senhor apareceu em sonhos para José e disse-lhe: ‘Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar’.

José cumpriu a ordem, levantou-se ainda no relento da noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito.

Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, mandou matar todos os meninos da cidade de Belém e vilas próximas, dos recém-nascidos até aos dois anos de idade.

Esses meninos mortos por Herodes são chamados pela igreja de Santos Inocentes. Não existe um consenso de quantos foram mortos, porém, calcula-se algo em torno de 20.000.

O chamado Massacre dos Inocentes é visto por teólogos como a realização de uma passagem de Oseias, que originalmente se referia ao Êxodo, e Jeremias, que falava sobre o exílio na Babilônia.

A festa litúrgica foi instituída pelo Papa São Pio V. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.

Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a destes meninos cantores. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte.

Havia uma gincana onde se era escolhido entre si um “bispo”, estes cantorzinhos apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles.

A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores.

Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas.

Depois, o “derrubado” oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos.

Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.

A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de “pequenos inocentes”: crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência.

Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus.

Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.

Oração aos Santos Inocentes

Ó Santos Inocentes, cujo brilho nos olhos causou tanto ódio em quem odiava a Deus, intercedei por nós a fim de que não nos esqueçamos de que a luta contra o aborto é sobretudo uma luta espiritual contra o demônio, luta esta que requer o uso de armas espirituais. Amém.

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