MS tem 21 entre os 4 mil superdotados identificados no Brasil por entidade mundial
O Brasil conta com quatro mil pessoas identificadas como superdotadas ou superinteligentes, também conhecidas como indivíduos com altas habilidades. Essas pessoas foram mapeadas em todo o território nacional, de acordo com dados da Associação Mensa Brasil, uma entidade que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais no país.
Em Mato Grosso do Sul, 21 indivíduos foram identificados como superdotados, dos quais oito são crianças. A Mensa Brasil, representante oficial da Mensa Internacional, a principal organização mundial de alto QI (Quociente de Inteligência), realizou o levantamento.
O estado de São Paulo lidera o ranking com 1.700 superinteligentes identificados, seguido por Rio de Janeiro com 423, Minas Gerais com 322, Paraná com 308, e Distrito Federal com 250.
Cerca de 32% dos superdotados no Brasil são menores de idade, totalizando 1.283 crianças e adolescentes. A primeira criança foi admitida na entidade em setembro de 2006, aos 9 anos de idade. Atualmente, os mais jovens têm 2 e 3 anos, enquanto o mais velho tem 75 anos.
Para ampliar a identificação de pessoas com superdotação e altas habilidades, a Mensa Brasil realiza periodicamente rodadas de testes em várias cidades brasileiras. Além disso, foi aprovada este ano a criação da Fundação Mensa Brasil, que visa aumentar o debate público sobre o papel e o potencial de desenvolvimento do país por meio de iniciativas destinadas a indivíduos superdotados.
A entidade também busca promover os “superinteligentes” em benefício da sociedade, através do desenvolvimento de atividades educacionais, de assistência social, de defesa e garantia de direitos, culturais e de incentivo à pesquisa.
O presidente da Associação Mensa Brasil, Carlos Eduardo Fonseca, destaca a importância do tema para o desenvolvimento do país. “Identificar pessoas com inteligência elevada é uma ferramenta fundamental para ajudar o Brasil a desenvolver políticas públicas voltadas para a superdotação e altas habilidades, que hoje não alcançam a população necessária. Se até 11% da população é superdotada e menos de 27 mil recebem atendimento educacional, por exemplo, isso indica uma falha na identificação dessas pessoas”, explica. Ele ainda compara com Portugal, que, apesar de ter apenas 10 milhões de habitantes, conta com 60 mil superdotados identificados, ressaltando que o Brasil tem grande potencial para melhorar nesse aspecto.
“Trazer essa questão para o debate público é essencial para garantirmos os direitos dos indivíduos com alto potencial. A Mensa desempenha um papel fundamental nesse trabalho, contribuindo para os processos de identificação e oferecendo ambientes que ajudam no desenvolvimento das capacidades de indivíduos superdotados”, conclui.