Em MS, mais de 16 mil pessoas vivem em domicílios coletivos
Dados divulgados nesta sexta-feira (06) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que 16.731 pessoas em Mato Grosso do Sul vivem em domicílios considerados de uso coletivo, tais como asilo, penitenciária, hotel, alojamento, albergue, clínica psiquiátrica, comunidade terapêutica, entre outros estabelecimentos.
A informação foi extraída do Censo Demográfico de 2022, sendo a primeira vez que o IBGE divulga dados desse tipo, traçando um perfil de idade, sexo e alfabetização dos moradores desses espaços de domicílios.
O estudo detalhou que 14.425 homens (86,2% do total) não vivem junto de suas famílias, enquanto 2.306 mulheres moram em lugares de uso coletivo. Entre os que têm mais de 15 anos, 89,5% são alfabetizados. Na faixa de idade de 80 ou mais, quase metade não é alfabetizado.
Penitenciárias, centros de detenção e similares abrigam 11.708 pessoas no estado, sendo 11.041 homens e 667 mulheres. Outros 1.696 moram em asilo ou instituição de longa permanência para idosos, sendo 970 homens e 726 mulheres. Há também 519 pessoas vivendo em hotel ou pensão, 333 homens e 186 mulheres.
Em alojamentos moram 1.222 pessoas, sendo 1.082 homens e 140 mulheres. 53 pessoas estão em abrigo, albergue ou casa de passagem para população em situação de rua, sendo 46 homens e 7 mulheres. Em orfanato e similares há 295 crianças e adolescentes, sendo 137 meninos e 158 meninas.
Em abrigo, casa de passagem ou república assistencial para outros grupos vulneráveis, moram 241 pessoas. São 160 homens e 81 mulheres nesses locais. Há 248 pessoas em clínica psiquiátrica, comunidade terapêutica e similares, sendo 172 homens e 76 mulheres. 96 estão em unidade de internação de menores, sendo 90 meninos e 6 meninas.
O Censo revela, ainda, que dois homens moram em quartel ou outra organização militar e 651 pessoas em outro tipo de domicílio coletivo, sendo 392 homens e 259 mulheres. O IBGE não detalha que tipos são esses.
No Brasil, são 837 mil pessoas vivendo em domicílios coletivos, ou 0,4% da população total. O tipo com maior número de moradores foi penitenciária, centro de detenção e similar, onde residiam 479 mil pessoas (57,2% do total de moradores de domicílio coletivos e 0,2% do total da população brasileira).
O segundo tipo com mais moradores foi asilo ou outra instituição de longa permanência para idosos, com 161 mil pessoas (19,2% do total de moradores de domicílios coletivos e 0,1% da população brasileira).
Nas penitenciárias, 96% eram homens e 3 a cada 4 moradores tinham de 20 a 39 anos. Apenas nos asilos as mulheres eram a maioria, com 59,8%.
Nas penitenciárias, a taxa de analfabetismo foi de 6,6%, a menor de todos os tipos de domicílios coletivos e ligeiramente inferior ao verificado no conjunto da população brasileira (7,0%). Isso se deve ao perfil mais jovem de seus moradores.