Em 48h, Pantanal registrou 270 focos de calor; combate aos incêndios envolve até helicópteros
Somente nas últimas 48 horas o Pantanal registrou 270 focos de calor, conforme apontou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) nesse sábado (22). Deste total, no território de Mato Grosso do Sul foram 255 incêndios, sendo a cidade de Corumbá a maior, com 80% do total, ou 216 focos em números reais.
O Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), revelou que a área queimada neste ano no Pantanal chegou a 541,5 mil hectares, sendo 398,6 mil hectares em Mato Grosso do Sul. Atualmente, são combatidos focos em Corumbá, na região do Abobral, e em Porto Murtinho.
Os focos estão isolados e os militares seguem combatendo com objetivo de extinguir as chamas. Ao todo, duas equipes, com o apoio dos fazendeiros da região, estão atuando no Abobral. Já em Porto Murtinho, quatro militares tentam conter o incêndio que começou a partir da margem do rio Paraguai.
Em Corumbá, três guarnições trabalham para extinguir as chamas na margem esquerda do rio Paraguai, com apoio de uma aeronave, modelo Air-Tractor, e um helicóptero do Governo de Mato Grosso do Sul. Na madrugada deste sábado, o fogo devastando a vegetação ainda era visto do Porto Geral.
Os helicópteros sobrevoam as áreas em chamas e ajudam no combate ao fogo despejando a água armazenada em uma espécie de balde, chamada de bambi bucket, com capacidade para transportar até 820 litros de água. O abastecimento é feito diretamente no rio Paraguai.
Já os incêndios que destruíram as áreas do Nhecolândia e na cabeceira do Rio Paraguai tiveram exito na missão, extinguindo os focos. No Forte Coimbra, está sendo feita a prevenção da área, após serem acionados pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI), que acompanha pela Sala de Situação em Campo Grande.
Na Estrada Parque Pantanal uma Guarnição de Combate a Incêndio Florestal (GCIF), composta por uma viatura Auto Bomba Tanque Florestal (ABTF) e cinco militares, foram vistoriar e realizar a prevenção de pontes de madeira. São monitoradas 46 pontes, onde em algumas foram realizados aceiros e limpeza do terreno.
Estão sendo utilizados nas ações uma aeronave Air Tractor, um helicóptero e cinco caminhões de combate a incêndio, além de dezenas de caminhonetes, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual. Nas localidades onde os focos foram extintos, permanece monitoramento constante com drones.