Dois bairros de Campo Grande recebem campanha de vacinação contra a raiva
Campo Grande dá início a vacinação de cães e gatos. Nesta semana, os agentes da Coordenadoria de Controle de Zoonoses de Campo Grande (CCZ) estarão percorrendo os bairros Nova Lima e Vila Nasser, realizando a vacinação de cães e gatos contra a Raiva. As doses são gratuitas e protegem os animais contra a raiva, que é fatal.
Este ano a meta é vacinar 179.620 cães e 89.810 gatos. Diante do desafio, a CCZ contará com vacinadores diariamente pela Capital, que atenderão cães e gatos em suas casas. Os animais com mais de 90 dias e saudáveis poderão receber a dose do imunizante, e a colaboração da população é fundamental para o sucesso da Campanha.
No município de Campo Grande o último caso de Raiva Humana foi registrado em 1968. Em cães e gatos, o último registro havia sido no ano de 1988, onde após 23 anos, ocorreu no ano de 2011 um caso isolado de Raiva Canina, cujo cão adquiriu a doença através do contato com um morcego contaminado com o vírus. A partir de 2001 houve uma intensificação na vigilância de quirópteros, com um total de 75 (setenta e cinco) exemplares diagnosticados positivos para Raiva, até o presente ano.
Até o ano de 2005 a Campanha de Vacinação Antirrábica Animal no município era realizada em um único dia do ano, em pontos estratégicos distribuídos pela cidade, porém a meta de vacinar no mínimo 80% dos animais não vinha sendo alcançada.
A partir de 2006 a Campanha de Vacinação foi realizada por meio da estratégia de visitação casa a casa.
Doença
A Raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. É uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda levando à morte em quase a totalidade dos infectados sendo de grande relevância para a saúde pública.
A CCZ esclarece que há morcegos positivos para a Raiva no município sendo primordial a vacinação de cães e gatos, uma vez que estes podem entrar em contato com morcegos que também podem transmitir a doença.
As campanhas de vacinação de cães e gatos associadas às demais medidas de controle, como a profilaxia antirrábica humana para pessoas expostas ao risco de contrair raiva (vacinas pré-exposição e pós-exposição), resultaram em significativa redução de casos da doença em seres humanos. Como medidas de prevenção, a orientação é que morcegos ou outros animais silvestres jamais sejam tocados, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.
Caso algum morcego seja encontrado vivo ou morto em situação anormal (por exemplo, caído no chão ou pendurado em janelas, cortinas, em cima da cama entre outros locais ou comportamentos não habituais) é necessário solicitar seu recolhimento ao CCZ.
Se for possível capturar o animal até a chegada da equipe do CCZ, o recolhimento deve ser feito utilizando panos, caixas de papel, baldes ou mantendo-o preso em ambiente fechado. O órgão orienta ao morador nunca tocar nos morcegos ou deixar crianças e animais domésticos terem contato.