Auditores fiscais das alfândegas param atividades e caminhões vão ter que esperar para seguir viagem
A liberação de cargas nas alfândegas vai ficar suspensa pelo menos até a próxima sexta-feira (16). O movimento grevista começou nessa terça (13) e afetou o transporte em Mato Grosso do Sul, provocando um enorme congestionamento de carretas e caminhões nas aduanas de Mundo Novo, divisa com o estado do Paraná, e Ponta Porã, fronteira com Pedro Juan Caballero (PY).
O sindicato que representa a categoria no estado estima que até o início da tarde pelo menos 190 veículos com cargas já estavam parados nos pátios das unidades fiscais, sendo 150 somente em Ponta Porã. Os auditores estão em sistema de greve desde dezembro de 2024, mas a paralisação das atividades foi autorizada somente nessa semana.
A categoria pede, entre outras coisas, o reajuste salarial. No período da manifestação, apenas os caminhões com produtos perecíveis e medicamentos serão liberados. “A exclusão da categoria do reajuste salarial retroativo a janeiro gerou profunda insatisfação”, disse o presidente do Sindifisco/MS, Luiz Felipe Manvailer.
A greve chegou aos 168 dias nesta terça-feira (13) e amanhã há uma reunião de negociação com o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação). Em adesão ao movimento, 464 auditores-fiscais entregaram suas funções e cargos em comissão. O atraso na liberação das mercadorias pode gerar prejuízos para clientes e fornecedores.