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Alzheimer: pulseira roxa vai ajudar portadores quando estiverem perdidos ou desorientados

Uma das situações mais delicadas e difíceis para quem tem familiares com o Mal de Alzheimer é quando o paciente desaparece. Para auxiliar nas buscas, Campo Grande ganhou um instrumento importante, trata-se de uma pulseira de identificação, na cor roxa, que deverá ser colocada nos portadores da doença.

A medida que implanta o mecanismo está assegurado por meio da Lei Municipal 7.312, de 23 de setembro de 2024, sancionada pela prefeita Adriane Lopes (PP) e publicada no Diário Oficial do Município (Diogrande) desta quarta-feira (24).

A legislatura também implanta na Capital um banco de dados de diagnóstico, integrado às notificações dos Sistemas de Saúde e da Assistência Social do Município para agilizar e monitorar a doença em destaque e acompanhar os casos.

A Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) criará campanhas para sensibilizar, conscientizar e qualificar a população para identificar imediatamente uma pessoa com a Doença de Alzheimer que esteja desorientada na rua para o auxílio adequado.

Por isso, a pulseira roxa que o portador da doença fará uso deverá conter todas as informações de contato do responsável, como telefone e endereço. Para a confecção dessas identificações, a Prefeitura poderá firmar parcerias com empresas e universidades.

O texto ainda esclarece que “as despesas com a execução da lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.”. A lei entrou em vigor a partir da sua publicação.

Alzheimer: pulseira roxa vai ajudar portadores quando estiverem perdidos ou desorientados
Foto: Pexels

Mal de Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, o pensamento e o comportamento. É a forma mais comum de demência, representando cerca de 60% a 70% dos casos.

Embora a causa exata não seja completamente compreendida, vários fatores contribuem para o seu desenvolvimento:

  • Genética: Ter um histórico familiar de Alzheimer pode aumentar o risco de desenvolver a doença.
  • Idade: O Alzheimer afeta principalmente pessoas acima dos 65 anos, embora casos de início precoce possam ocorrer em idades mais jovens.
  • Fatores de Estilo de Vida: Dieta, atividade física, tabagismo, e doenças como hipertensão, diabetes e obesidade estão relacionados a um risco aumentado.
  • Acúmulo de proteínas no cérebro: A doença é marcada pela formação de placas de beta-amiloide e emaranhados de proteínas tau no cérebro, que interferem na comunicação entre neurônios e levam à morte das células cerebrais.

Sintomas

O Alzheimer começa de forma lenta e vai se agravando ao longo do tempo. Os principais sinais incluem:

  • Perda de memória: Esquecer informações recém-aprendidas, nomes, datas e eventos importantes.
  • Desorientação: A pessoa pode perder-se em locais familiares ou não saber onde está.
  • Dificuldade em realizar tarefas cotidianas: A execução de tarefas simples, como cozinhar ou pagar contas, pode se tornar difícil.
  • Alterações de humor e comportamento: Ansiedade, irritabilidade, confusão e depressão são comuns.
  • Problemas de linguagem: Dificuldades em encontrar palavras e expressar pensamentos.

Diagnóstico

Não há um único teste para diagnosticar o Alzheimer. Geralmente, o diagnóstico é feito com base em:

  • Avaliação médica: Exame físico, histórico médico e teste de função cognitiva.
  • Exames de imagem: Ressonância magnética ou tomografia computadorizada para descartar outras causas de perda de memória.
  • Testes laboratoriais: Exames de sangue para descartar outras condições que possam causar sintomas semelhantes.

Tratamento

Embora não haja cura para o Alzheimer, os tratamentos visam retardar a progressão dos sintomas e melhorar a qualidade de vida. As opções incluem:

  • Medicamentos: Existem medicamentos, como os inibidores de colinesterase (donepezila, rivastigmina) e a memantina, que ajudam a controlar os sintomas.
  • Terapias cognitivas e comportamentais: Exercícios mentais e físicos podem ajudar a manter o funcionamento cognitivo e melhorar o bem-estar emocional.
  • Suporte psicossocial: Grupos de apoio e assistência para cuidadores também são essenciais.

Prevenção

Embora não seja possível prevenir o Alzheimer de forma absoluta, alguns hábitos de vida saudável podem reduzir o risco:

  • Exercício físico regular: Caminhadas, natação e outros exercícios ajudam a melhorar a saúde cerebral.
  • Alimentação balanceada: Dietas como a mediterrânea, rica em frutas, legumes, peixes e azeite, têm mostrado benefícios para o cérebro.
  • Manter o cérebro ativo: Estimular o cérebro com leituras, jogos de lógica e atividades sociais.
  • Controle de condições de saúde: Manter doenças como hipertensão e diabetes sob controle pode diminuir o risco.