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Vírus mpox já contabiliza sete casos positivos em MS e quatro suspeitos

Em Mato Grosso do Sul, em 2024 foram registrados sete casos confirmados da chamada Varíola dos Macacos (mpox) e, atualmente, quatro suspeitos são analisados por exames. Os números foram atualizados nessa sexta-feira (16) pela Secretaria do Estado de Saúde (SES), através do boletim epidemiológico.

Os dados apontam que os quatro pacientes que aguardam pelo resultado dos exames são residentes em Três Lagoas, Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo e Jardim. Já os sete casos confirmações do ano são de moradores de Campo Grande (6) e Ponta Porã (1), todos já recuperados e bem.

Nesta semana, a doença ganhou destaque na mídia ao ser declarada emergência mundial pela OMS (Organização Mundial de Saúde). O que preucupa as autoridades é uma nova cepa do mpox, apontada como mais letal desde que o vírus passou a ser reconhecido, mas que ainda não foi confirmada no Brasil.

A nova variante é chamada de 1b. A que circulava isoladamente até então, e motivou a primeira declaração de emergência mundial da mpox em 2022, é a 2b. O vírus é transmitido principalmente durante o ato sexual, sendo assim, pessoas convivendo com HIV e pessoas sexualmente ativas são considerados mais vulneráveis para a doença.

No entanto, preocupa o registro da doença em crianças no continente africano, onde a mpox foi identificada primeiro e chamada inicialmente de “varíola dos macacos”. Os sintomas mais comuns da mpox são febre, ínguas e erupções na pele que, de início, podem ser confundidas com varicela ou até com pelo encravado.

Ainda segundo a SES, em Mato Grosso do Sul, 400 doses de vacina para a cepa 2b da mpox foram enviadas a 10 municípios. Além dos grupos vulneráveis, técnicos de laboratórios também foram vacinados. O Brasil negocia o envio de 25 mil doses que protegem contra a nova cepa, com a ajuda da Opas.

A vacina ainda não é autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e não pode ser comprada por clínicas particulares, mas tem permissão para ser usada na rede pública diante de surto. Quando chegarem, a SES planeja repetir a mesma estratégia usada na imunização contra a 2b.