Vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros cancelam agenda em MS
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, não virá mais para Mato Grosso do Sul. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do político no início da noite dessa terça-feira (07), data também em que ele próprio celebrou o seu aniversário de 70 anos. Ele iria sobrevoar na quarta (08) a obra de construção da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III) em Três Lagoas, que está parada há quase 10 anos.
Além dele, também participariam da visita a ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, além do governador Eduardo Riedel (PSDB) e várias outras autoridades estaduais e locais.
De acordo com a informação repassada, o cancelamento em cima da hora foi necessário porque Jean Paul Prates não poderá estar presente no evento e, na avaliação de Geraldo Alckmin, não faria sentido manter o compromisso sem o representante maior da Petrobras. Por conta disso, ele pediu para que Simone Tebet veja uma nova data.
A agenda previa também que Alckmin participaria de um encontro promovido pela Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) com empresários em Campo Grande. O vice-presidente iria embora somente por volta das 18h, ficando no estado por cerca de oito horas.
O evento da Fiems também foi cancelado. “Em razão da impossibilidade da presença do vice-presidente Geraldo Alckmin a Mato Grosso do Sul, o encontro com empresários que seria realizado no Edifício Casa da Indústria, às 16 horas, está cancelado”, diz o comunicado da instituição.
Visita era importante
Em Três Lagoas, o grupo iria avaliar a retomada das obras. “A fábrica pode representar um salto no desenvolvimento não apenas de Mato Grosso do Sul, mas para todo o Brasil”, comentou Eduardo Rocha, após a visita à unidade feita com equipe de assessoria do vice-presidente em outubro.
Recentemente, a Petrobras anunciou que o setor de fertilizantes voltou a pauta estratégica da empresa, que tem a União como acionista majoritário. O Governo de Mato Grosso do Sul vem trabalhando para que a retomada da UFN3 seja efetivida. A possibilidade chegou a ser tema de reunião entre Riedel, Simone e Prates em agosto, na sede da Petrobras.
A construção da UFN3 em Três Lagoas teve início em 2011 e a obra foi paralisada em dezembro de 2014, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável. A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes. No ano passado, uma empresa russa manifestou interesse na compra da fábrica.
As negociações não foram concluídas porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador queria rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes, que não teve aprovação do Governo do Estado.