Vacinação contra a Covid-19 em crianças de até 2 anos tem baixa procura na Capital

Em Campo Grande, dos 1,5 mil bebês na faixa-etária dos seis meses aos dois anos, e que possuem algum tipo de comorbidade, esperados para a vacinação contra a Covid-19, apenas 14 compareceram às unidades de saúde para receber a primeira dose do imunizante até a noite de quarta-feira (16), cinco dias do iníco da abertura da campanha para este público.

O saldo é muito baixo e corresponde a apenas 0,93% de público alvo a ser imunizado. Para a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), pelo fato deste público ser muito restrito por conta das comorbidades, já era esperada que não haveria uma grande procura. No entanto, a pasta acredita que deve haver uma maior sensibilização por parte dos pais e responsáveis por essas crianças.

Estão elegíveis para a vacinação as crianças que apresentam alguma das seguintes comorbidades: 

• Diabetes miellitus; 
• Pneumopatias crônicas graves; 
• Hipertensão Arterial Resistente; 
• Hipertensão Arterial estágio 3; 
• Hipertensão Arterial estágio 1 e 2 com lesão em órgão-alvo; 
• Insuficiência Cardíaca; 
• Cor-pulmonare e Hipertensão pulmonar; 
• Cardiopatia Hipertensiva; 
• Síndromes Coronarianas; 
• Valvopatias; 
• Miocardias e Pericadiopatias; 
• Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas; 
• Arritmias cardíacas; 
• Cardiopatias Congênitas; 
• Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados; 
• Doenças Neurológicas Crônicas; 
• Doença renal crônica; 
• Imunocomprometidos; 
• Hemoglobinopatias graves; 
• Obesidade mórbida; 
• Síndrome de Down; 
• Cirrose Hepática.

Ao longo desta semana, outras 39 crianças que também estão dentro desta faixa-etária dos seis meses aos dois anos, 11 meses e 29 dias, mas não possuem comorbidades, foram vacinadas com as doses da chamada “xepa”, ou seja, a sobra da vacina disponível nos vidros que não podem ser aproveitadas no dia seguinte em decorrência do prazo de validade.

“Cada frasco contém dez doses, que podem ficar armazenadas por até 12 horas. Ampliar o número de unidades com o imunizante facilita o acesso, mas o risco de perder as doses é muito grande, então mantemos o número um pouco mais reduzido”, explica o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho.