Uso da máscara será retomado nas escolas da REME, mas apenas por servidores
O uso de máscara e do álcool em gel serão retomados dentro das escolas públicas municipais de Campo Grande, porém, de forma não obrigatória neste primeiro momento. A informação foi dita à imprensa pelo secretário municipal de Saúde Pública, Sandro Benites, em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (10), logo ao término de uma grande reunião interna da Sesau que debateu a situação de epidemia provocada pelas doenças respiratórias e a dengue.
De acordo com o títular da pasta, foi decidido que todas as escolas da Rede Municipal de Ensino (REME) deverão orientar seus servidores, tais como professores, secretários, merendeiros e demais, no sentido de que façam o uso da máscara de proteção facial e também do álcool gel para evitar contraír o vírus.
“Essas medidas valem para todas as escolas, independentemente do grau de ensino. É recomendado também que os pais não deixem os filhos irem para a escola caso estejam com sintomas gripais”, complementou Sandro Benites. Quanto aos alunos, o uso foi descartado. “As crianças, que são nosso foco nesse momento, no nosso entendimento, não têm condições de usar a máscara”, citou.
Dados da Sesau apontam que cerca de 20 crianças esperam por uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) atualmente em Campo Grande, sendo que só existem na rede pública o total de 25 leitos de UTI e 91 clínicos. Mais 10 leitos de enfermaria devem ser abertos na Santa Casa nos próximo dias.
Desde o início da superlotação, quatro leitos de UTI já foram abertos, sendo 2 no Hospital Universitário e outros 2 no Hospital Regional, nas mesmas unidades também foram abertos 7 leitos de enfermaria. Mais cedo, a Sesau tentou comprar novos leitos de hospitais particulares, porém, nenhum entrou em acordo com o Município.
O secretário de Saúde comentou que o problema está na falta de médicos pediatras. “Não temos médicos pediatra. Temos 10 leitos de enfermaria semi intensivo na Santa Casa, mesmo colocando mais dois pediatras, temos dificuldade de fechar uma nova escala”, disse, acrescentando que dos 80 médicos chamados pela Prefeitura há alguns dias, apenas quatro são pediatras.
No último balanço divulgado, com dados entre 12 de fevereiro a 10 de abril, 602 pessoas foram internadas em Campo Grande com doenças respiratórias, sendo que 70% eram crianças de zero a nove anos. Neste ano, um adulto e três bebês de um ano já morreram em decorrência de doenças respiratórias na Capital.