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Terminal intermodal de Campo Grande está concluído

Está pronto o terminal intermodal de Campo Grande, estrutura de logística planejada para uma área de 65 hectares localizada às margens do macroanel rodoviário, nas saídas para São Paulo e Sidrolândia. Ao todo, foram aplicados R$ 30 milhões para a conclusão do projeto, retomado em 2018 após seis anos parados.

Nesta última etapa, com investimento de R$ 3,6 milhões, foram implantados 2,5 quilômetros de rede de água, 5,2 quilômetros de rede de esgoto, construídas duas estações elevatórios de esgoto, ativado o poço para abastecer o complexo, concluídos   trechos de meio-fios, sinalização e recuperados trechos do pavimento.

As obras do terminal começaram em setembro de 2007, mas no ano seguinte foram embargadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que apontou problemas na execução. O projeto foi retomado apenas em 2009, até ser novamente paralisado em 2012, quando a empresa responsável pelos serviços entrou em recuperação judicial.

Segundo o secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, até a retomada das obras, foi necessário fazer uma nova licitação, negociar com a Superintendência de Estrutura Ferroviária do DNIT, fazer adequações e planilhas, além de prorrogar até setembro deste ano a vigência do convênio firmado pela Prefeitura para a liberação de recursos.

Sem estas articulações, que demoraram dois anos até a retomada das obras em 2019, o município corria o risco de ter que devolver ao Ministério dos Transporte mais de R$ 23,6 milhões que até então já haviam sido investidos no projeto, além de R$ 3,6 milhões restantes do saldo do convênio.

A estrutura do terminal

O pátio do terminal tem a capacidade para receber até 290 carretas, além de um ramal ferroviário de 2,3 km. O trecho do macroanel, em frente ao terminal, foi duplicado e aberto um acesso independente  para evitar congestionamento de caminhões nos períodos de pico do escoamento da safra e dar mais segurança ao trânsito.

O próximo passo, conforme o presidente da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos, Vinícius Leite Campos, é a ativação do espaço. O consórcio empresarial Park X, detentor da concessão do local pelos próximos 30 anos, deverá fazer investimentos e atrair empresas para instalarem na área seus terminais de cargas.

Um dos atrativos é a possibilidade de transformar o local num porto seco credenciado pela Receita Federal para operar exportações e importações e integrar o projeto da Rota Bioceânica, um corredor viário que ligará o Porto de Santos (SP) aos portos do Chile, encurtando a distância da exportação até o continente asiático.

Quanto à concessão, o contrato prevê que a partir do terceiro ano de funcionamento do terminal, o consórcio pagará à Prefeitura de Campo Grande R$ 80 mil, com correção anual, pelo uso do espaço.

O consórcio Park X, integrado pela JBENS Participações Ltda (empresa líder) e Cotia Armazéns Gerais, prevê investimento de até R$ 200 milhões na instalação de terminais de cargas, combustível e armazéns. Um estudo encomendado pelo grupo projeta a movimentação anual de até 2.200 milhões de toneladas quando tudo estiver funcionando.

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