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Subea adverte sobre alimentos que podem ser tóxicos para os pets

Todo cuidado é pouco na hora de compartilhar um alimento com seu pet ou até mesmo oferecer frutas como petisco. Mesmo que o produto seja nutritivo e saudável para os humanos, pode ser tóxico e perigoso para os animais.

Médico-veterinário da Subsecretaria do Bem-Estar Animal (Subea), Edvaldo Salles, adverte que nenhuma dose é tolerada pelos animais. “Alimentos comuns para humanos podem ser extremamente tóxicos para os animais. O sal, por exemplo, presente na maioria dos alimentos que nós consumimos, faz muito mal, assim como o alho e a cebola. Por isso, orientamos que as pessoas não forneçam comida no lugar da ração”.

Ele ressalta que os sintomas de intoxicação podem variar desde vômito amarelado ou com espuma, diarreia, desidratação, comportamento atípico, até sintomas mais sérios como febre, salivação excessiva, tremores e convulsões.

É o que aconteceu com a Branquinha, uma Shih Tzu de 13 anos. O tutor Aurélio Miranda conta que, embora tenha sido criado vendo os animais comendo junto com a família, em casa só oferecia ração, até que um dia decidiu “jantar” junto com a companheira.

“Minha esposa não estava em casa e eu fui comer um quibebe (purê rústico de abóbora). A Branquinha estava junto comigo e eu acabei oferecendo para ela. Na mesma noite, ela já ficou mais quieta. No outro dia cedo, já estava prostrada, vomitando, até que começou a convulsionar. Ela foi internada e ficou uma semana até se recuperar”.

Gisele Medeiros Dias Dorsa, tutora da Pink, uma Shih Tzu de cinco anos, também viu sua pet passar por intoxicação quando comeu uma linguiça que caiu da mesa de jantar.

“À noite, jantamos arroz com linguiça e ela comeu uma que caiu no chão. Na mesma noite, já não passou bem, ficou inquieta e não dormia. Quando acordamos, ela estava mais quieta e não quis ração nem fruta (que adora e nunca recusa). Fui trabalhar e voltei para casa no almoço para vê-la. Ela já tinha vomitado e feito cocô pela casa toda, não se levantava para nada e parecia estar muito fraca”.

O veterinário também destaca que até mesmo alimentos considerados saudáveis para humanos, como algumas frutas, podem desencadear alergias e intoxicação nos pets. É o caso das uvas, abacate, coco e algumas frutas cítricas.

Outros alimentos, como café, chocolate, passas, comidas gordurosas, álcool e até leite, também podem prejudicar o fígado do animal, principalmente dos felinos.“As toxinas presentes tanto na polpa da fruta quanto na casca podem afetar o rim ou o fígado do animal. A orientação é que o tutor leve o pet ao veterinário imediatamente para atendimento”, completa Edvaldo.

A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Subea, localizada na Rua Rui Barbosa, 3538 – Vila Alta, oferece consultas veterinárias gratuitas às segundas, terças, quintas e sextas-feiras. Às quartas, a equipe realiza atendimentos exclusivos para ONGs e protetores independentes. Para mais informações, o tutor interessado pode ligar para 2020-1397.

No local, são distribuídas 15 senhas pela manhã, a partir das 7h30, e 15 senhas à tarde, a partir das 13h. O tutor deve comparecer à unidade de atendimento com o seu animal, além de documento com foto, comprovante de residência e o número do NIS.

Em casos mais graves, onde o animal precisa de internação, a Subsecretaria oferece, por meio de convênio com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), atendimento veterinário de alta complexidade. Cirurgias ortopédicas, exames de imagem, piometra, cesariana de urgência, internação, ultrassonografia, radiografia, eletrocardiograma, endoscopia, exames laboratoriais bioquímicos e parasitológicos, além de consultas veterinárias especializadas, são alguns dos serviços oferecidos pelo convênio.