Sorria, Carlos Marun. A boa vida na Hidrelétrica de Itaipu está garantida
O veterano político Carlos Marun conseguiu uma importante vitória nos tribunais brasileiros nesta terça-feira (03). O ex-deputado federal sul-mato-grossense será reintegrado ao cargo de conselheiro da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional, no Paraná.
Ele está afastado da preciosa poltrona administrativa desde o dia 25 de março deste ano, quando teve a competência e a experiência para o posto questionada pelo Ministério Público Federal (MPF).
Marun é conselheiro desde o final de 2018, num dos últimos atos assinalados pelo então presidente da República, Michel Temer, em retribuição aos serviços prestados pelo ex-parlamentar, que foi um dos responsáveis pela não progressão do pedido de impeachment que derrubaria o mandato de Temer antes do previsto. Os dois são filiados ao MDB.
Carlos Marun recebe, como conselheiro da Itaipu, incríveis R$ 27.098 de salário mensal. O político sequer precisa cumprir expediente na sede da Hidrelétrica, entretanto, é necessário comparecer as reuniões bimestrais que ditam os rumos da empresa. Ele também foi um dos defensores da nova ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, e que será bancada integralmente pela usina binacional.
O julgamento do caso
Marun ganhou o direito de regressar ao cargo na Itaipu após sessão da 3º Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), na tarde desta terça-feira (3). A presidente e desembargadora Vânia Hack de Almeida votou pela improcedência do pedido do advogado Rafael Evandro Fachinello, que ingressou com ação popular contra a nomeação do político.
No dia 25 de março deste ano, o desembargador Rogério Fraveto concedeu liminar para suspender a nomeação de Marun até o julgamento, ocorrido hoje. Além de Vânia, a desembargadora Marga Barth Tessler também votou a favor do ex-deputado federal, fechando o placar em 2 a 1.