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Sobe para sete o número de vítimas de ‘Pedreiro Assassino’

Subiu para sete o número de assassinatos cometidos pelo pedreiro Cléber Carvalho de Souza, de 43 anos, que foi preso na madrugada de sexta-feira (15) em Campo Grande. A vítima mais recente do serial killer foi identificada como sendo Timótio Pontes Roman, de 62 anos.

Poço onde foi encontrado corpo da sétima vítima de pedreiro suspeito de cometer assassinatos em série em MS — Foto: Corpo de Bombeiros/Reprodução

O corpo foi encontrado na manhã deste sábado (16) em um poço de 15 metros de profundidade após vizinhos, no bairro Corumbá, sentirem um cheiro forte vindo do quintal de uma casa.

De acordo com a família do idoso, ele teria contratado o pedreiro assassino para um serviço na calçada.

Timótio morava sozinho e estava desaparecido há mais de dez dias.

À polícia, Cléber confessou mais este homicídio e disse que queria ficar com a casa da vítima.

Corpo de Timótio Pontes Roman foi encontrado em um poço neste sábado (16) — Foto: Redes Sociais/Reprodução

O caso

O primeiro corpo desenterrado pela polícia na sexta-feira foi o de José Jesus de Souza, de 44 anos. O cadáver estava numa área localizada na Rua Ráza, no Bairro Sírio Libanês. Ele estava desaparecido desde fevereiro deste ano, na região da Vila Nasser.

O segundo cadáver foi de Roberto Geraldo Clariano, conhecido como ‘Cenoura’, de 48 anos. Ele estava desaparecido desde o dia 23 de junho de 2018 e trabalhava numa obra na A Avenida José Barbosa Rodrigues, na região do Portal do Panamá.

De acordo com Cleber, ele matou Roberto porque os dois discutiram durante o serviço na obra. Para matá-lo, o assassino usou uma picareta, atingindo a cabeça da vítima. Assim como nos demais casos, Cleber também sepultou o corpo logo em seguida.

O terceiro assassinato confessado por Cleber foi Hélio Taira, de 73 anos, estava desaparecido desde novembro de 2016 e foi morto também por ter se desentendido com o assassino. Segundo ele, Hélio foi contratado para fazer o serviço de jardinagem numa obra em que ele trabalhava e os dois teriam discutido.

Neste caso, Cleber aplicou pauladas na cabeça do idoso. Depois de matá-lo, jogou o corpo do idoso em uma cova improvisada dentro da residência em que reformava, localizada na Vila Planalto, e concretou o local para que ninguém desconfiasse do crime. Os atuais moradores foram surpreendidos pela polícia ao saber da existência do cadáver no local.

O quarto corpo entregue por Cleber foi o do seu primo, Flávio Pereira Cece, de 34 anos. Este foi a primeira vítima da série de assassinatos cometidos pelo pedreiro. Neste, segundo ele, foi decorrente de uma briga envolvendo a limitação de um terreno pertencente á família deles.

O terreno em questão fica na Rua Corredor Público, na Vila Planalto, e pertencia aos familiares dos dois. Flávio tinha um barraco no endereço e construiu um muro para separar a sua casa da de seus parentes, no entanto, brigou com Cleber por conta da limitação de sua parte da área.

Atualmente, a casa pertence a um homem que não tem ligação com a vítima e o assassino. No entanto, Cleber revelou que vendeu o terreno após a morte do primo por R$ 50 mil. O corpo foi enterrado no próprio terreno e um imóvel erguido em cima.

A quinta vítima do serial killer Cleber de Souza Carvalho, apelidado como o ‘pedreiro assassino’, foi desovada no decorrer da noite de sexta em uma casa localizada na Rua Ráza, no Bairro Sírio Libanês, mesmo lugar onde foi desenterrado o primeiro corpo desta série de mortes confessadas pelo homem.

O criminoso não soube dizer o nome completo da vítima, alegando o conhecer apenas como Claudionor e que o matou há cerca de um ano.

Para a investigação, a vítima pode ser o caseiro Claudionor Longo Xavier, de 47 anos, desaparecido dos familiares desde o dia 18 de abril de 2019.

A identificação do corpo, bem como dos demais restos mortais desenterrados até agora em diferentes localidades de Campo Grande, passarão por exames no Instituto Médico e Odontológico Legal (IMOL).

Perfil de Serial Killer

Cleber vinha sendo procurado desde o dia 07 deste mês pelo assassinato do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos. No crime, o pedreiro, com a ajuda da esposa Roselaine Tavares Gonçalves, de 40 anos, e da filha Yasmin Natasha Gonçalves Carvalho, de 19, mataram a vítima com o intuito de tomar posse de sua casa, no bairro Vila Nasser.

José foi morto no dia 02 de maio após ser atingido por uma barra de ferro na cabeça e o corpo enterrado no quintal da casa da própria vítima. No dia seguinte, Cleber e sua família se mudaram para o local.

O caso foi descoberto após a irmã de José procurá-lo em sua casa e encontrar os desconhecidos no imóvel. A mulher perguntou sobre o comerciante e a família disse que eles tinham alugado o imóvel dele.

Diante dos fatos, ela acionou a polícia que esteve no endereço. A filha e a esposa de Cleber confessaram o assassinato e mostraram o local onde o corpo havia sido enterrado. O pedreiro não tinha sido encontrado naquele dia e estava desaparecido desde então.

Ele foi preso durante a madrugada de sexta-feira (15) pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque) na casa de parentes, no bairro Campo Belo.

Prisão de Cleber foi feita pelo Batalhão de Choque (Foto: Via WhatsApp)

Aos policiais, Cleber confessou ter matado outros quatro homens entre os anos de 2015 e 2020. Ambas as vítimas foram mortas com as mas mesmas características, pancada na cabeça seguida do sepultamento. A investigação não descarta a tese de que algumas dessas vítimas tenha sido enterrada ainda vida.

De forma muito fria e sem demonstrar qualquer tipo de arrependimento, Cleber foi mostrando para a polícia os locais onde enterrou cada uma de suas vítimas. Ele também relevou detalhes de como tudo aconteceu e os motivos para os crimes. Para a investigação, o pedreiro pode se enquadrar como uma espécie de serial killer.

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